Investing.com - Na noite da última quarta-feira, 23, veio a público um documento judicial referente a uma ação coletiva originada de um tuíte enviado pelo CEO da Tesla (NASDAQ:TSLA), Elon Musk, em 2018. Ao todo 3.350 investidores prejudicados podem receber uma indenização coletiva de US$ 41,53 milhões.
Em agosto de 2018, Musk provocou a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) ao tuitar que estava cogitando fechar o capital da Tesla e que tinha “financiamento garantido” com “apoio de investidores” para o procedimento. Quando o plano não se concretizou, acionistas responsabilizaram os tuítes de Musk por seus prejuízos. A SEC moveu uma ação contra o bilionário, alegando que as publicações poderiam ser consideradas fraudulentas.
Um “fundo equitativo” foi criado como parte de um acordo, prevendo originalmente US$ 40 milhões, com contribuições de US$ 20 milhões tanto de Musk quanto da Tesla. Com juros, o fundo acabou crescendo para US$ 42,3 milhões.
O juiz Lewis Liman, responsável pelo caso em Manhattan, indicou na quinta-feira, 24, que pretende aprovar as indenizações por volta de 1º de setembro, desde que não haja objeções de nenhuma das partes.
Juntamente com o acordo da SEC, houve um decreto de consentimento, exigindo que Musk renunciasse ao cargo de presidente do conselho da Tesla. Além disso, ele concordou com a condição de que um advogado da companhia revisasse e aprovasse certas postagens suas na rede social.
Posteriormente, Musk comprou o Twitter, rebatizando-o como “X”, e tentou encerrar o processo, alegando que era uma “mordaça” em sua liberdade de expressão. No entanto, um tribunal federal de apelações em maio se recusou a revogar a ordem.
A expectativa é que Musk recorra dessa decisão à Suprema Corte dos EUA.
As ações da Tesla iniciaram o pregão desta quinta-feira, em Nova York, com uma alta de 2,21%, a US$ 235,13.