Investing.com – Investidores da XP (BVMF:XPBR31) teriam acionado a Justiça devido a prejuízos milionários em aplicações financeiras, segundo o jornal Metrópolis. Ainda de acordo com a publicação, esses clientes alegam práticas abusivas e esvaziamento dos patrimônios, além de dívidas com a própria XP.
A publicação apurou que em um dos casos, taxas de corretagem ultrapassam o patrimônio do cliente. Outros clientes criticam informações equivocadas ou incompletas sobre determinados ativos ou aportes que não seriam vantajosos, mas tenderiam corretagens superiores.
Ainda conforme o Metrópolis, entre outros motivos de processos, estariam perdas com operações que teriam garantia de blindagem, principalmente Certificados de Operações Estruturadas (COEs) e em operações alavancadas com empréstimos. Investidores alegam que a prática configura propaganda enganosa.
Em nota, a XP afirmou que "segue rigorosamente a regulação e preza pela absoluta transparência nas condições e prazos dos seus produtos de investimentos. Por isso, está alinhada aos mais altos padrões de compliance e de aplicação de suitability. A empresa não comenta casos específicos que tramitam na Justiça."
Certificações no mercado financeiro
A profissão de assessor de investimentos vem ganhando destaque nos últimos anos, mas o número de inscritos nas últimas provas de certificações como Ancord e Certificação de Especialistas em Investimentos (CEA) apresentou queda em 2023, em meio ao cenário de juros altos. O número de inscritos para a prova da Ancord, por exemplo, foi de 11,7 mil pessoas, diminuição de 11%. Para a prova do CEA, foram 22,9 mil, uma diminuição de 2,3%, conforme apuração do jornal Valor Econômico. Assessores, antes chamados de agentes autônomos, precisam desse tipo de certificação para fornecerem orientações aos investidores quanto aos produtos que são oferecidos pelas corretoras.