iPhones cobiçados por brasileiros em viagens podem ficar 30% mais caros nos EUA com tarifas

Publicado 07.04.2025, 21:16
© Reuters iPhones cobiçados por brasileiros em viagens podem ficar 30% mais caros nos EUA com tarifas

As tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump, vão encarecer os preços de eletrônicos nos Estados Unidos, incluindo os modelos de iPhone e de relógios inteligentes, itens muito procurados por brasileiros em viagens no país. Os analistas do UBS Wealth Management projetam aumentos de 19% a quase 30% nos preços dos aparelhos de celular da Apple (NASDAQ:AAPL), a depender de onde ocorre a montagem.

Nas simulações do UBS, o iPhone 16 Pro Max com 256 Gigas que é montado na China teria aumento de preços no mercado americano de 29%. É o equivalente a ficar US$ 350 dólares mais caro. Já o iPhone 16 Pro 128 Gigas montado na Índia teria aumento de 12%, ou cerca de US$ 120 mais caro.

O relógio Apple Watch Ultra 2, que é montado no Vietnã, teria aumento de 19%, o equivalente a ficar US$ 150 mais caro. No geral, o UBS WM estima aumentos de 5% a 29% para produtos eletrônicos, incluindo também servidores e outros produtos com inteligência artificial.

Servidores montados em Taiwan, por exemplo, podem ficar 27% mais caros no mercado norte-americano.

Ainda há uma série de dúvidas sobre como vão funcionar as tarifas e as exceções de alguns produtos, ressaltam os analistas do UBS WM.

E em meio a esses questionamentos, e temores de recessão mundial, os mercados mundiais despencam pelo terceiro dia seguido. Só nos últimos 30 dias, o Nasdaq acumula queda de 15%. Em 2025, já perdeu 20%.

"Há também alguma confusão em torno da isenção de semicondutores e da não isenção de hardware", comentam os analistas do grupo suíço sobre as tarifas. Semicondutores e chips estão entre os principais custos de aparelhos eletrônicos. Com tarifas nesses produtos, o UBS WM avalia que os ganhos das empresas de tecnologia terão quedas importantes.

E outra fonte de incerteza, ressalta o banco, é sobre como o compartilhamento do aumento de custos pelas tarifas será feito com os fornecedores; até que ponto os custos podem ser repassados para os clientes finais e a duração das tarifas de Trump. Ou seja, neste momento, há mais perguntas que respostas.

A depender também do prazo da duração das tarifas, pode ocorrer um cenário de revisão para baixo dos lucros por ações (EPS, na sigla em inglês) das empresas de tecnologia, alerta o UBS. Em um ambiente que elas seriam mantidas por longo prazo, sem exceções importantes, os ganhos poderiam cair entre 20% a 25%. Se for um movimento mais de curto prazo, o impacto negativo seria de 3% a 5%.

O setor de tecnologia já passou nos últimos anos por movimentos de revisão para baixo nos ganhos e correções nas ações, por conta da escalada de tarifas no primeiro governo de Trump e aumento dos juros mais recentemente.

"Prestaremos muita atenção às atualizações macroeconômicas e corporativas durante as próximas semanas", ressaltam os analistas. E eles alertam que a volatilidade nas ações de tecnologia está "aqui para ficar". Por isso, estratégias de preservação de capital devem ser consideradas pelas empresas do setor.

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