Investing.com - O Itaú realizou a emissão de US$ 750 milhões em bônus perpétuo com opção de compra em cinco anos com taxa de 6,5% ao ano. Essa é a segunda operação do tipo realizada pelo maior banco privado brasileiro para a composição de capital nível 1, seguindo assim as regras da Basileia.
A XP Investimentos cita fontes de que demanda pelos papéis foi de US$ 1,5 bilhão, que superou em duas vezes o total de títulos emitidos. Por outro lado, o objetivo do Itaú era captar pouco mais de US$ 1 bilhão.
As ações preferenciais do banco operam em queda de 0,09% a R$ 52,74.
Rebaixamento dos títulos
A agência de classificação de risco Fitch cortou de "BB+" para "BB (SA:BBAS3)" a nota do Itaú Unibanco (SA:ITUB4), citando a recente decisão de reduzir a nota do Brasil em um grau para BB-. A agência definiu perspectiva estável para o rating do maior banco privado do país.
Segundo a Fitch, o Itaú continua "com perfil de crédito muito forte, adequada capacidade de absorção de perda, alta liquidez e base de recursos estável e diversificada" e que o banco "será capaz de lidar com deterioração adicional do ambiente operacional".
A Fitch cortou a nota do Brasil em 23 de fevereiro, definindo perspectiva estável. A agência citou na ocasião a situação fiscal do país e o que chamou de "importante retrocesso" na agenda de reformas após o governo do presidente Michel Temer ter desistido de votar a reforma da Previdência.