Itaú tem alta de 14,3% no lucro no 2º tri e melhora previsão de margem com clientes

Publicado 05.08.2025, 18:37
Atualizado 05.08.2025, 19:40
Itaú tem alta de 14,3% no lucro no 2º tri e melhora previsão de margem com clientes

SÃO PAULO (Reuters) -O Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) apurou lucro líquido recorrente gerencial de R$11,5 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 14,3% ante o mesmo período de 2024, em resultado marcado por melhora na rentabilidade e na margem financeira com clientes, que teve a previsão para o ano melhorada.

Estimativas de analistas compiladas pela LSEG apontavam lucro de R$11,3 bilhões no período. Na comparação trimestral, de acordo com dados divulgados pelo banco nesta terça-feira, houve alta de 3,4%.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado avançou para 23,3%, de 22,4% em igual intervalo de 2024 e 22,5% no primeiro trimestre de 2025, em resultado melhor do que os rivais Santander Brasil (BVMF:SANB11) (16,4%) e Bradesco (BVMF:BBDC4) (14,6%). Nas operações no Brasil, o ROE do Itaú ficou em 24,4%.

A margem financeira somou R$31,177 bilhões, de R$27,665 bilhões um ano antes e R$30,322 bilhões no trimestre anterior. A margem com clientes cresceu 15,4% ano a ano e 3,1% na base trimestral, enquanto a margem com o mercado caiu 38,8% e 7,1% nas mesmas comparações.

O Itaú afirmou que agora estima expansão de 11% a 14% para a margem com clientes em 2025, de projeção de aumento de 7,5% a 11,5% divulgada anteriormente. Nos primeiros seis meses do ano, o banco já registra um acréscimo de 14,7% nessa linha.

Para a margem com o mercado, permaneceu o prognóstico de resultado entre R$1 bilhão e R$3 bilhões. No primeiro semestre, somou R$1,781 bilhão.

O Itaú também revisou parte de suas projeções para alíquota efetiva de Imposto de Renda no ano, que agora calcula de 28,5% a 30,5%. As demais foram mantidas.

O banco explicou que as mudanças estão relacionadas, principalmente, aos efeitos positivos de um mix de produtos de segmentos mais rentável que o esperado originalmente. "Adicionalmente, a margem de passivos tem apresentado melhor desempenho, impulsionada por volumes mais elevados", afirmou.

CRÉDITO

A carteira de crédito total somou R$1,389 trilhão, incremento de 7,3% em 12 meses, mas quase estável (+0,4%) quando comparado aos números do final de março. Na base trimestral, a carteira de pessoas físicas teve um acréscimo de apenas 0,7%, enquanto micro, pequenas e médias empresas mostraram expansão de 0,8% e as grandes empresas apuraram elevação de 1,4%.

No segundo trimestre, a inadimplência acima de 90 dias consolidada, incluindo títulos e valores mobiliários, ficou estável na comparação trimestral, em 1,9%. O índice entre 15 e 90 dias, por sua vez, encolheu 0,1 ponto em relação a março.

O custo do crédito aumentou 3,2% na comparação com o segundo trimestre do ano passado, para R$9 bilhões, com expansão de 2,1% nas despesas de perda esperada (para R$9,664 bilhões) e de 14,8% nos descontos concedidos, enquanto a recuperação de créditos baixados como prejuízo aumentou 0,9%.

Na base trimestral, o custo cresceu 1,3%, com acréscimo de 1,8% nas despesas de perda esperada, mas declínio de 0,8% nos descontos e elevação de 3,8% na recuperação de créditos.

De acordo com o banco, esse aumento na base trimestral é explicado pela maior despesa com perda esperada nos Negócios de Atacado no Brasil.

"Esse aumento foi parcialmente compensado pela menor despesa de perda esperada nos Negócios de Varejo no Brasil, em função da redução do atraso de curto prazo, além do aumento das receitas com recuperação de créditos baixados como prejuízo", afirmou o Itaú no material de divulgação do balanço.

O Itaú também reportou receita de prestação de serviços quase estável (+0,1%) ano a ano, em R$11,3 bilhões, enquanto a linha de operações de seguros cresceu 14%, para R$3,2 bilhões. Na comparação trimestral, houve alta de 1% e 7,5%, respectivamente.

O índice de Basileia consolidado prudencial passou a 16,5%, de 15,7% no final de março e 16,6% um ano antes, com o índice de capital nível I em 14,6% e o índice de capital principal em 13,1%. O índice de eficiência consolidado, por sua vez, atingiu 38,8%, acima dos 38,1% em março.

O Itaú encerrou junho com 2.738 agências e postos de atendimento bancário, de 2.795 unidades em março e 3.021 estabelecimentos no mesmo período de 2024.

O conselho de administração também aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio de R$0,3634 por ação, previsto para 29 de agosto.

O banco ainda anunciou que exercerá a opção de resgate da totalidade de suas Notas Subordinadas Nível 1 emitidas em 27 de fevereiro de 2020, no valor de US$700 milhões, e em 19 de março de 2018, no valor de US$750 milhões.

(Por Paula Arend Laier e André RomaniEdição de Pedro Fonseca)

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