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Investing.com — O Jefferies revisou para baixo suas projeções de preço do petróleo para 2025 e 2026, cortando suas estimativas em US$ 10 por barril. A decisão reflete um mercado com oferta crescente e incertezas relevantes sobre a trajetória da demanda global.
O banco agora projeta que o Brent registre média de US$ 65 por barril, enquanto o WTI deve girar em torno de US$ 61 por barril em ambos os anos, valores que se aproximam das cotações atuais nos mercados futuros.
O ajuste incorpora os efeitos da decisão da Opep+ de antecipar a reversão de cortes de produção equivalentes a 2,2 milhões de barris por dia. Segundo o Jefferies, essa medida amplia o risco de excedente de oferta a partir do quarto trimestre de 2025, com impactos que podem se estender ao longo de 2026.
O banco também revisou para baixo suas premissas para o preço do gás natural em 2025, reduzindo o TTF para US$ 12,6/mmbtu e o JKM para US$ 13/mmbtu, em meio a um cenário macroeconômico mais frágil na Ásia e maior flexibilidade nas políticas de armazenamento de gás da União Europeia.
Como consequência da atualização dos preços das commodities e dos balanços do primeiro trimestre, o Jefferies reduziu suas estimativas para lucro líquido e geração de caixa das companhias do setor em média de 14% e 5%, respectivamente, para os anos fiscais de 2025 a 2027.
As avaliações setoriais também foram ajustadas: os preços-alvo médios foram cortados em 10%, enquanto os modelos de fluxo de caixa descontado e soma das partes sofreram revisão negativa de 11%.
De acordo com a corretora, a maioria das empresas de petróleo e gás encontrará dificuldades para manter programas de recompra de ações nos níveis de preços agora projetados, a menos que se apoiem em vendas de ativos já programadas.
O Jefferies também alertou para a deterioração dos níveis de alavancagem no setor, destacando Equinor (NYSE:EQNR), BP e TotalEnergies (NYSE:TTE) como as companhias mais suscetíveis a elevações no endividamento nos próximos dois anos. Ainda assim, observou que TotalEnergies e Equinor iniciaram 2025 com balanços sólidos.
A OMV também deve registrar aumento expressivo da alavancagem, associado à transação envolvendo Borealis e Borouge.
No conjunto analisado, a Shell (NYSE:SHEL) permanece como a companhia com maior resiliência financeira, enquanto Galp (ELI:GALP) e Eni devem reduzir dívida a partir de seus respectivos planos de desinvestimento.
A BP foi rebaixada de "compra" para "manutenção", com o preço-alvo reduzido em 29%, de £5,5 para £3,9 por ação. A decisão reflete preocupações sobre a elevação da alavancagem em um cenário de petróleo mais barato, além de dúvidas sobre a viabilidade de continuidade do programa de recompra de ações caso os preços do barril caiam para a faixa de US$ 60 ou menos.
O Jefferies também apontou riscos de execução relacionados ao plano de desinvestimentos de US$ 20 bilhões da BP, ressaltando a fragilidade do contexto macroeconômico global.