Por Tom Hals
WILMINGTON, Estados Unidos (Reuters) - O Twitter (BVMF:TWTR34)(NYSE:TWTR) terá que dar a Elon Musk documentos de um ex-executivo da empresa que o bilionário afirma que teve um papel importante no cálculo da quantia de contas falsas na plataforma, segundo decisão da Justiça dos EUA desta segunda-feira.
As contas de robôs e falsas no Twitter se tornaram uma questão central na briga em que Musk é cobrado pela rede social a honrar a aquisição da companhia por 44 bilhões de dólares.
O Twitter recebeu ordem para reunir, analisar e produzir documentos do ex-diretor geral de produtos para consumidor Kayvon Beykpour, segundo decisão da juíza Kathaleen McCormick.
Representantes da empresa e de Musk não comentaram o assunto de imediato.
Beykpour, que deixou o Twitter em abril após a rede social aceitar o acordo proposto por Musk, foi descrito pela defesa do bilionário como um dos executivos "mais intimamente envolvidos" com a determinação do número de contas de spam na plataforma.
Representantes de Beykpour não retornaram pedidos de comentários da Reuters.
A juíza, porém, negou o pedido de Musk para ter acesso a 21 outras pessoas que possuem informações relevantes.
Musk acusou o Twitter de fraude por dar informações erradas sobre o número real de usuários ativos na plataforma, algo que o Twitter nega. A companhia acusa Musk de violar o acordo de compra da empresa e quer que a juíza o obrigue completar o negócio ao preço de 54,20 dólares por ação. A ação do Twitter encerrou nesta segunda-feira a 44,50 dólares por ação.