LOS ANGELES/CHICAGO (Reuters) - O KFC, maior rede de restaurantes de frango frito do mundo, pode enfrentar pressão de grupos de defesa do meio ambiente e de consumidores para alterar o modo como suas aves são criadas após o McDonald's dizer que passará a usar frangos criados sem a utilização de antibióticos de uso humano.
O McDonald's vai gradualmente deixar de usar frangos criados com antibióticos que são importantes para a saúde humana dentro de dois anos para aliviar preocupações de que o uso de medicamentos na produção de carne exacerbou o surgimento de organismos com resistência antibiótica, como noticiado pela Reuters na semana passada.
Poucos dias depois, a varejista Costco Wholesale disse à Reuters que pretende eliminar a venda de frangos e carnes produzidos com antibióticos de uso humano.
O KFC é controlado pela Yum Brands, que não tem uma política de conhecimento público sobre o uso de antibióticos na produção da carne que compra. A Chick-fil-A, outra cadeia de restaurantes que compete com o KFC, disse que cerca de 20 por cento dos frangos que serve são criados sem qualquer antibiótico, e que toda sua cadeia de fornecimento será convertida até 2019.
A Yum, que também controla as redes Taco Bell e Pizza Hut, não quis discutir seus padrões para uso de antibióticos na produção de carne.
"Os frangos servidos em nossos restaurantes nos EUA são de alta qualidade, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), e livres de antibióticos", disse a companhia em reposta por email a questionamentos da Reuters.
A afirmação sobre ser livre de antibióticos se refere à ausência de resíduos na carne servida em seus restaurantes e não à prática de administrar antibióticos a frangos antes que sejam abatidos, disse o diretor do programa de segurança alimentar do Food Animal Concerns Trust em Chicago, Steven Roach.
(Por Lisa Baertlein e P.J. Huffstutter)