A Latam (SN:LTM), empresa em recuperação judicial (Chapter 11) nos Estados Unidos, teve prejuízo líquido de US$ 962,476 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo lucro de US$ 227,057 milhões visto um ano antes. No ano inteiro de 2020, o prejuízo foi de US$ 4,545 bilhões, contra lucro de US$ 190,43 milhões em 2019, com suas operações intensamente afetadas no período por conta da pandemia do novo coronavírus.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no quarto trimestre foi negativo em US$ 102,417 milhões, contra número positivo de US$ 741,159 milhões em 2019. A margem Ebitda ficou negativa em 11,4%. No resultado completo do ano, o indicador foi negativo em US$ 275,903 milhões, margem de -6,4%, ante US$ 2,211 bilhões vistos no ano anterior.
A receita operacional da empresa aérea entre outubro e dezembro do ano passado foi de US$ 897,528 milhões, queda de 68,7% sobre o apurado sobre o mesmo período do ano anterior, de US$ 2,87 bilhões. Nos 12 meses de 2020, o número ficou em US$ 4,334 bilhões, retração de 58,4% sobre 2019, quando tiveram receitas de US$ 10,43 bilhões.
Entre os pontos positivos, a aérea comemora uma queda de 44,5% nas despesas operacionais no quarto trimestre, a US$ 1,399 bilhão, contra US$ 2,52 bilhões vistos um ano antes. No ano de 2020 o número também teve queda de 38,1%, de US$ 9,689 bilhões para US$ 5,999 bilhões. A empresa fala que além dos impactos da pandemia, o número reflete as medidas para reduzir os custos fixos, como cortes voluntários de salários e programas de desligamento.
A Latam também destaca a recuperação gradual das suas operações, com a oferta de assentos (ASK) tendo uma média no quarto trimestre de 32,9% sobre a capacidade vista em 2019, sendo que em dezembro o indicador ficou em 38,3%. A receita com as operações de carga subiram 26,7% entre outubro e dezembro, a US$ 354,8 milhões.
Sobre o processo de recuperação judicial, a Latam fala que no último dia 8 de outubro foi feito o primeiro saque do financiamento na modalidade DIP que havia sido aprovado em setembro, de US$ 1,15 bilhão, metade do montante total que foi liberado, US$ 2,45 bilhões. A diretoria destaca que em 18 de dezembro terminou o prazo para credores interessados se manifestarem e que os documentos estão sob avaliação da Justiça americana.