Lucro da Simpar bate recorde e grupo prevê consolidação no mercado de logística

Publicado 10.11.2021, 21:07
Atualizado 10.11.2021, 21:41
© Reuters.  Lucro da Simpar bate recorde e grupo prevê consolidação no mercado de logística

Pouco mais de um ano depois de finalizar seu processo de reestruturação administrativa e societária, a Simpar (SA:SIMH3) encerrou o terceiro trimestre do ano com um resultado recorde. A holding registrou um lucro líquido de R$ 399 milhões, desempenho quatro vezes e meia maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Controladora da JSL (logística), Vamos (aluguel de caminhões e máquinas), Movida (SA:MOVI3) (aluguel de carros), CSBrasil (serviços públicos), BBC (leasing) e a Original (rede de concessionárias), a Simpar encerrou o período com um aumento de sua receita bruta em 52%, em R$ 4,4 bilhões. Do ponto de vista operacional, a holding teve um Ebitda de R$ 1,2 bilhão, praticamente o dobro do observado no terceiro trimestre de 2020.

“O grupo está colhendo os frutos de um movimento que começou em 2013. Todos os nossos negócios têm vocação de crescimento, independentemente do cenário, e acreditamos que isso será mantido”, afirma Denys Ferrez, CFO da Simpar. Para ele, a mudança de patamar está diretamente relacionada à reorganização da empresa, com cada um dos negócios recebendo atenção e gestão dedicada.

Diante dos resultados positivos, a expectativa é que o movimento de consolidação no segmento logístico se mantenha. Nos últimos 12 meses, a JSL fez cinco aquisições e, como líder do mercado de logística, passou a ter uma participação de quase 1%. A empresa mais antiga do grupo registrou uma receita superior a R$ 1 bilhão no terceiro trimestre e viu seu lucro praticamente quintuplicar.

“Nos Estados Unidos e Europa, o líder do mercado de logística tem uma participação de 10% e as 10 maiores empresas juntas acumulam 30%. No Brasil, os 10 primeiros do ranking possuem 3% e o líder quase 1%, o que nos leva a crer que ainda exista espaço para um movimento de consolidação”, afirma Ferrez. O executivo disse que ainda não há nenhuma negociação em andamento, mas que a empresa já identificou oportunidades.

Já a Movida, que multiplicou por sete seu lucro no terceiro trimestre deste ano, as tendências de alugar carros por longos períodos para os usuários finais e também da eletrificação da frota se mostram cada vez mais claras. Segundo Ferrez, é cada vez maior o número de clientes que preferem deixar de ter um carro para pagar uma taxa por 30 meses e depois trocar por outro.

A empresa de aluguel de carros também captou R$ 350 milhões com a emissão de debêntures verdes, com o objetivo de adquirir carros híbridos ou elétricos. Em outubro deste ano, a Movida anunciou uma parceria com a Nissan e incorporou 150 veículos Leaf à sua frota.

No fim do mês, uma assembleia de acionistas vai determinar se será criada a CS Infra que fará a incorporação da Ciclus, empresa de gestão de resíduos sólidos. Com a eventual aprovação, as concessões hoje sob o controle da CSBrasil (portos Aratu 12 e 18 na Bahia, Rodovia Transcerrados no Piauí e BRT de Sorocaba em São Paulo) serão transferidas para a CS Infra, que seria uma forte candidata a ser mais uma empresa do grupo a fazer um IPO.

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