Por Gabriel Codas
Investing.com - As ações da M. Dias Branco (SA:MDIA3) operam com forte valorização na parte da manhã desta segunda-feira na B3, enquanto o Ibovespa hoje opera em queda após abrir em alta. A companhia, dona das marcas Adria, Fortaleza e Piraquê, reportou sexta-feira após fechamento do mercado que teve no primeiro trimestre do ano lucro líquido de R$ 137 milhões, uma alta de 140%.
Por volta das 11h29, os papéis somavam 3,72% a R$ 33,78. O Ibovespa registrava baixa de 0,34% a 79.991 pontos.
Em nota, a fabricante destacou que a pandemia da Covid-19, que teve início no mês de março, resultou em um forte aumento na demanda pelos produtos da companhia.
No período, a receita líquida teve ganhos de 24% e chegou a R$ 1,64 bilhão, fruto de uma melhor política de precificação dos produtos, aumento médio de preços e esforços de marketing e vendas.
Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), a companhia também se beneficiou claramente de compras muito favoráveis de trigo: o custo do trigo por tonelada caiu 6% na base trimestral. Mas isso obviamente não vai durar muito, uma vez que no momento os preços estão 22% acima do realizado no quarto trimestre.
A equipe de analistas reconhece que a empresa é uma forte alternativa do consumidor para enfrentar a crise (em termos de crescimento no balanço patrimonial e no resultado financeiro), mas temem que os rebaixamentos de lucros ocorram antes de oferecer um melhor ponto de entrada para os investidores.
Já a visão do Itaú BBA, a avaliação dos números é positiva para os resultados do período principal indústria moageira e fabricante de bolachas do país. “Houve um forte crescimento no volume de vendas, de 25% nas bolachas e de 27% nas massas de espaguete e macarrão na base anual. O Ebitda chegou 15% acima das nossas estimativas”, diz a instituição em nota.
A visão é que o portfólio da M. Dias Branco deve se mostrar resiliente durante a epidemia do coronavírus.
Outro ponto de destaque é a forte desvalorização do real, que pode representar um aumento de custos para a empresa mais tarde em 2020, porque o Brasil ainda importa mais de 50% do trigo que consome. Foi mantida a recomendação market perform, com preço-alvo de R$ 39,00.