Por Eric M. Johnson
SEATTLE, Estados Unidos (Reuters) - A Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) se prepara para fazer nesta sexta-feira o voo inaugural do maior integrante da família de aviões 737 MAX, em um passo para se recuperar dos meses de paralisação da frota de um modelo menor da aeronave.
O primeiro voo do 737 MAX 10 está programado para ocorrer às 14h (horário de Brasília) na região de Seattle. A aeronave ainda vai passar por meses de testes e certificação antes de entrar em serviço em 2023.
Diferente da habitual festa que marca primeiros voos de aeronaves, o evento do 737 MAX foi deliberadamente mantido discreto, uma vez que a Boeing tenta superar crises seguidas causadas pela paralisação de 20 meses da frota menor da família após duas quedas que mataram centenas de pessoas.
O avião de 230 lugares é projetado para reduzir o espaço entre o 737-9, capaz de levar entre 178 e 220 passageiros, e o A321neo, da Airbus, que domina o mercado de aviões de corredor único e tem capacidade para 185 a 240 assentos.
Porém, a oportunidade de mercado para o 737 MAX 10 é restringida pelo alcance da aeronave de 3.300 milhas náuticas (6.100 quilômetros), menor que as 4 mil milhas do A321neo.
O voo desta sexta-feira também vai mostrar uma versão modernizada do sistema de pouso, em meio à batalha da indústria para conseguir o máximo de alcance possível da atual geração de jatos de corredor único.
A aeronave eleva a altura do trem de pouso durante decolagens e pousos, um design necessário para compensar o comprimento adicional do MAX 10 e evitar que o avião raspe a cauda na pista durante a decolagem.