Investing.com – Bom desempenho no mercado americano, mas com dificuldades na Ámérica do Sul. Esta foi a avaliação de analistas sobre o balanço da Marfrig (BVMF:MRFG3), que reportou lucro líquido de R$75 milhões no segundo trimestre, contra prejuízo de um ano antes.
A companhia explicou a reviravolta a partir da participação estratégica na BRF (BVMF:BRFS3), contínua robustez da operação na América do Norte e um novo modelo de negócios para operação na América do Sul.
De acordo com o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA), os dados da Marfrig vieram ligeiramente melhores do que o previsto, com Ebitda ajustado 9% superior às estimativas de seus analistas, o que teria sido motivado por receita líquida mais forte no mercado americano.
“A demanda por carne bovina dos EUA continua resiliente e as margens da Marfrig estavam acima das dos pares. Na América do Sul, as margens estavam ligeiramente abaixo do esperado dado o desempenho desconsiderando o Brasil”, destacaram as analistas Isabella Simonato e Julia Zaniolo.
A indicação do BofA segue de compra, com preço-alvo de R$18,50, com atenções direcionadas à “aprovação do acordo com a Minerva (BVMF:BEEF3) e nos pagamentos de dividendos da BRF”.
O BB Investimentos entendeu os dados como positivos, em sua maioria, com expansão na receita e recuperação nas margens, como apontado pela analista Georgia Jorge, que tem indicação neutra no papel, com preço-alvo de R$12. Por outro lado, a especialista lamenta a “pequena decepção na rentabilidade advinda das operações na América do Sul”.
As tendências de receita e rentabilidade não foram muito diferentes do trimestre anterior, segundo Jorge, “com todas as operações contribuindo positivamente para o crescimento das vendas, mas apenas a participação da BRF contribuindo na rentabilidade operacional”.
Assim, a operação da BRF continua a responder por em torno de 80% do Ebitda consolidado, esclarece a analista – o que reforça a importância da diversificação de proteínas.
Às 16h27 (de Brasília), as ações da Marfrig subiam 2,65%, a R$13,17.