Investing.com – Analistas do Barclays emitiram um alerta sobre a crescente pressão nas margens de lucro das empresas americanas, conforme detalhado em uma nota divulgada na quinta-feira, 6. O documento ressalta várias tendências indicativas de um ambiente desafiador para o setor empresarial do país.
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"A concentração está se intensificando, após os resultados do primeiro trimestre de 2024 reforçarem o excepcionalismo tecnológico", destaca a nota do banco. Ela aponta para a predominância contínua das grandes empresas de tecnologia, que têm mostrado um crescimento robusto nos lucros e uma expansão das margens, limitando assim as oportunidades para outros setores.
Além disso, o Barclays observou uma mudança no sentimento dos investidores. "A dinâmica entre os segmentos de crescimento e valor começa a refletir as expectativas de cortes nas taxas de juros", relata a nota. As ações de crescimento têm superado as de valor até o momento em 2024, um movimento que o Barclays atribui à antecipação de um possível corte na taxa de juros pelo Federal Reserve, o que beneficiaria principalmente as ações de crescimento. Isso resultou em uma redução do interesse por ações de valor.
O relatório também aponta um novo foco de entusiasmo entre os investidores: o setor de serviços públicos. "O entusiasmo com a inteligência artificial está influenciando o setor de serviços públicos", explica o documento. Tradicionalmente consideradas como proteção contra a queda das taxas de juros, as empresas de serviços públicos tiveram um desempenho superior recentemente, impulsionadas pela especulação sobre seu papel no suporte a centros de dados, essenciais para a tecnologia de IA.
No entanto, o Barclays adverte que esse otimismo pode ser infundado. "Historicamente, as empresas de serviços públicos registram retornos medianos nos seis meses anteriores ao início de um ciclo de cortes de taxas pelo Fed", apontam os analistas.
Por fim, a nota destaca uma ameaça potencial à lucratividade das empresas: o enfraquecimento do poder de fixação de preços. Segundo o Barclays, as empresas que antes gozavam de um alto poder de precificação durante períodos inflacionários estão agora com desempenho inferior. A instituição sugere que o estresse do consumidor e a possível demora em um corte das taxas de juros pelo Fed poderão dificultar a manutenção das margens empresariais.
Valor de 3 empresas dos EUA é maior que qualquer mercado de ações internacional
A Nvidia (NASDAQ:NVDA)superou recentemente a marca de 3 trilhões de dólares em capitalização de mercado, mesmo com uma receita trimestral de apenas 26 bilhões. A gigante dos semicondutores de inteligência artificial (IA) ultrapassou a Apple (NASDAQ:AAPL), tornando-se a segunda maior empresa do mundo em valor de mercado, atrás apenas da Microsoft (NASDAQ:MSFT) no início da semana.
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A grande influência da Nvidia e de outras grandes corporações tem repercussões no cenário acionário e na movimentação dos principais índices. Na quarta-feira, a valorização das ações da Nvidia representou cerca de 42% dos ganhos do índice, composto por 100 ações, com 62 avanços e 42 quedas nesse dia.
Atualmente, a NVIDIA e a Meta (NASDAQ:META) juntas contribuem para mais de 50% dos ganhos do índice. Com isso, surgem dúvidas sobre se é o mercado em geral que está crescendo ou se são empresas específicas que impulsionam tal avanço, arrastando junto nomes como META e Broadcom (NASDAQ:AVGO).
Incluindo a Broadcom, quase 60% dos ganhos são originados de apenas três ações. Esse fenômeno não se limita apenas à Nasdaq, mas se estende para além das fronteiras dos Estados Unidos.
A agência de notícias Kobesi destacou que a capitalização de mercado combinada da Microsoft, Apple e Nvidia ultrapassou o valor de todo o mercado de ações chinês. Essas três empresas estão perto de alcançar juntas a marca histórica de 10 trilhões de dólares pela primeira vez.
Atualmente, a capitalização de mercado deste trio supera a de qualquer outro mercado de ações global, com exceção dos Estados Unidos. Algumas análises sugerem que essa predominância sobre o mercado chinês pode ser atribuída ao fato de muitas empresas chinesas não estarem listadas globalmente. Segundo a worldeconomics, a previsão do PIB da China para 2024 é de 35,2 trilhões de dólares, a maior do mundo, seguida pelos Estados Unidos com 24,3 trilhões.
A preocupação da China com essas comparações parece ser mínima. Pelo contrário, dados da Bloomberg indicam que Pequim está se distanciando dos títulos dos EUA, optando pela compra de ouro como um proteção de possíveis crises econômicas, incluindo problemas no seu próprio setor imobiliário.
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