A Marriott International, juntamente com sua subsidiária Starwood Hotels & Resorts Worldwide, concordou em estabelecer um programa abrangente de segurança da informação como parte de um acordo com a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC). Este acordo surge em resposta a alegações relacionadas a múltiplas violações de dados ocorridas entre 2014 e 2020, afetando mais de 344 milhões de clientes globalmente.
A FTC enfatizou que as medidas de segurança inadequadas da Marriott levaram a vários comprometimentos de dados, afetando um vasto número de consumidores. Samuel Levine, Diretor do Bureau de Proteção ao Consumidor da FTC, declarou que a recente decisão da FTC, apoiada por parceiros estaduais, visa garantir que a Marriott melhore suas práticas de segurança de dados internacionalmente.
Além disso, a Marriott e a Starwood concordaram em oferecer aos clientes dos EUA a opção de solicitar a exclusão de dados pessoais vinculados aos seus endereços de e-mail ou números de conta de fidelidade. Elas também revisarão as contas de fidelidade a pedido do cliente e reativarão quaisquer pontos de fidelidade roubados.
No mesmo dia, a Marriott concordou com um acordo separado, consentindo em pagar uma multa de 52 milhões USD a 49 estados e ao Distrito de Columbia para abordar alegações similares de segurança de dados.
Em sua declaração após o anúncio do acordo, a Marriott enfatizou seu compromisso com a proteção dos dados dos hóspedes, destacando investimentos contínuos em seus sistemas para gerenciar riscos de ameaças cibernéticas em evolução. A empresa também observou que, conforme descrito nos acordos com a FTC e os Procuradores-Gerais estaduais, não admite qualquer responsabilidade em relação às alegações.
As violações de dados em questão também levaram a uma ação coletiva em Londres em 2020, onde milhões de ex-hóspedes buscaram compensação após seus registros pessoais terem sido comprometidos em uma das maiores violações de dados da história.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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