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Mercado externo tranquilo estimula alta na Bolsa

Publicado 28.05.2021, 08:00
Atualizado 28.05.2021, 11:10
© Reuters.  Mercado externo tranquilo estimula alta na Bolsa

O tom positivo dos mercados de ações no exterior estimula o Ibovespa a ir em busca de um terceiro pregão consecutivo de valorização. Além disso, a alta do petróleo e o noticiário a favor da Petrobras (SA:PETR4) impulsionam os papéis da empresa para cima. Em contrapartida, as ações ligadas ao setor de commodities metálicas cedem, devolvendo ganhos recentes, a despeito da elevação de 0,41%, a US$ 190,51 a tonelada, no porto chinês de Qingdao hoje. O investidor ainda adota alguma cautela já que na segunda-feira as bolsas americanas ficam fechadas por causa do feriado do Memorial Day.

Um dos amparos da busca por risco nos mercados vem da expectativa de um possível orçamento de US$ 6 trilhões para 2022, a ser proposto pelo presidente norte-americano, Joe Biden, o que levaria o país aos maiores níveis sustentados de gastos federais desde a Segunda Guerra Mundial.

A despeito dessa expectativa, investidores mundo afora seguem atentos ao comportamento da inflação global, como reforça o comportamento de elevação dos títulos americanos, à medida que as economias dão sinais de retomada depois da crise mais aguda da covid-19 em algumas nações.

Na zona do euro, por exemplo, a confiança de empresários e de consumidores subiu em maio, alcançando os maiores níveis pré-pandemia pelo segundo mês consecutivo, além de ter superado as estimativas de analistas. Em contrapartida, o PIB da França do primeiro trimestre foi revisado de alta de 0,4% para recuo de 0,1%, reforçando que o processo de recuperação mundial ainda não é uniforme.

Nos Estados Unidos, nesta manhã, saiu o PCE de abril, medida de inflação usada como referência pelo Federal Reserve (Fed, o banco central do país), que subiu 0,6% ante março. Os gastos com consumo no país subiram 0,5% em abril ante março, ficando em linha com o esperado. Já a renda pessoal sofreu um tombo de 13,1% no mesmo período, mas ficou acima da projeção do mercado, de queda de 14%.

"Veio um pouco pior que o esperado, mas nada demais. Veio pior, mas melhor do que o temido", avalia o CEO da Ohmresearch, Roberto Attuch Jr., acrescentando que essa ideia afasta por ora o temor de uma inflação descontrolada e de antecipação da alta do juro nos EUA.

A despeito da indefinição do Ibovespa, o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, ainda acredita que o índice brasileiro pode seguir o tom positivo externo. Segundo ele, os dados de inflação dos EUA, de certa forma dentro do imaginado, dão certa tranquilidade. "Deixa o mercado livre para seguir seu rumo, seguir o cenário externo, olhando para o Orçamento de 2022. Os dados ainda não mostram uma grande explosão do quadro de inflação, e que o Fed está certo sobre a avaliação de uma ideia de inflação transitória", avalia.

No Brasil, a despeito das continuadas revisões para cima nas estimativas para o crescimento econômico, a inflação não dá trégua, o que pode esfriar um pouco o otimismo de determinados setores na Bolsa, já que tende a reforçar o debate sobre alta do juro básico.

Informado hoje, o Índice Geral de Preços (IGP-M) acelerou fortemente em maio, a 4,10%, de 1,51% em abril, conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV), superando a mediana da pesquisa do Projeções Broadcast, de 4,00% (de 3,06% a 4,65%). No ano, o indicador alcançou 14,39% e avançou a 37,04% em 12 meses, de 32,02% até abril. Essa taxa é a maior do Plano Real, superando o acumulado de 32,97% de abril de 2003.

Na opinião do economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, a inflação tem características típicas de um choque de oferta e o IPA, que mede os preços no atacado, deixa isso claro. A alta do grupo este mês foi de 5,23% e acumula em 12 meses "estonteantes" 50,21%, cita em nota.

"Os Bancos Centrais de todo mundo enfrentam problemas similares nesta pandemia com a inflação e a maioria deles continua argumentando que estes são choques transitórios. Logo, não faria sentido subir fortemente a taxa de juros agora", avalia Perfeito. Para completar, o quadro hídrico no Brasil preocupa, o que pode gerar algum desconforto no mercado.

Além da valorização do petróleo no exterior, as ações da Petrobras podem se beneficiam da informação de que o JP Morgan elevou a recomendação dos papéis da empresa. Além disso, fica no radar o início do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), da legalidade da venda das refinarias.

Às 10h47, o Ibovespa subia 0,03%, aos 124.409,01 pontos, após máxima aos 124.530,60 pontos, e mínima aos 124.284 pontos. Petrobras subia 2,47% (PN) e 2,85% (ON) e Vale ON (SA:VALE3) caía 1,05%, enquanto CSN ON (SA:CSNA3) cedia 2,29% às 10h49.

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