Investing.com - O mercado futuro de Wall Street indicou uma abertura levemente maior nesta quinta-feira, com os investidores aguardando as últimas informações sobre a inflação em meio a uma enormidade de outros dados e eventuais indicações da presidente do banco central americano, Janet Yellen, sobre o futuro da política monetária.
O Dow futuro das principais empresas listadas subiu 10 pontos, ou 0,05%, às 9h58; o S&P 500 futuro seguiu em alta de 2 pontos, ou 0,09%, enquanto que o Nasdaq 100 futuro, composto pelas maiores empresas de tecnologia da bolsa, registrou elevação de 14 pontos, ou 0,29%.
Antes dos dados, o foco será o índice de preços ao consumidor (CPI) de outubro, divulgado às 11h30, com o mercado buscando ver se inflação anual atingirá a máxima de dois anos.
A última declaração do Fed indicou que a inflação registrou "alta razoável" desde o início do ano, mas continuou abaixo da meta de 2%.
É claro, os investidores também consideraram os contínuos desenvolvimentos nos mercados de trabalho com a publicação dos números dos pedidos de seguro-desemprego da semana, embora o Fed demonstrasse pouca preocupação, já que os "ganhos de emprego têm sido sólidos", e a maioria dos membros afirmou que a economia americana está no caminho do pleno emprego ou muito perto dele.
Com todos os dados divulgados às 11h30, os players do mercado avaliarão os dados de licenças de construção e construção de casas novas, junto com a pesquisa do Fed da Filadélfia para o mês de novembro.
Independentemente disso, o principal ponto de foco dos mercados nesta quinta-feira, sem dúvida, será o pronunciamento de Janet Yellen, presidente do Fed, sobre o panorama econômico, antes do Comitê Econômico Conjunto do congresso americano, marcado para às 13h. Seu discurso preparado está marcado para pré-divulgação às 11h.
Yellen deve comentar sobre os dados do dia ao responder perguntas do congresso.
Ela provavelmente responderá a perguntas sobre como os cortes tributários ou o estímulo fiscal do presidente eleito, Donald Trump, podem afetar o panorama econômico e as taxas de juros.
Seus comentários serão acompanhados de perto para se identificar novos indícios sobre a política monetária. O Fed não alterou as taxas de juros no início deste mês, em uma decisão amplamente aguardada, mas sinalizou que poderia fazê-lo em dezembro, à medida que a economia cria força e a inflação acelera.
Além de Yellen, o presidente do Fed de Nova Iorque, William Dudley e um dos diretores do Fed, Lael Brainard, ambos votantes no comitê deste ano, discursarão em eventos públicos.
No momento, os mercados estão considerando uma chance de 85,8% de aumento da taxa na reunião dos dias 13 e 14 de dezembro do Fed, de acordo com o Monitor das taxas de juros da Investing.com.
O rali do dólar americano mostrou sinais de fadiga no início desta quinta-feira, depois de atingir o nível mais alto em quase 14 anos frente a uma cesta das principais moedas do mundo nesta quarta, com os rendimentos dos títulos da dívida americana recuando frente à máxima dos últimos meses.
O índice dólar registrou queda de 0,35%, a 100,03, às 8h58 no horário de Brasília, depois de avançar a 100,59 no dia anterior, nível não visto desde abril de 2003.
Além disso, o rendimento da tesouro de 10 anos dos EUA recuou 2,2 pontos-base pela manhã, a 2,201%, revertendo a alta dos últimos 10 meses, de 2,302%, estabelecida no início da semana.
A alta do dólar ocorreu gradualmente, com a elevação dos rendimentos do tesouro americano nas sessões recentes, com o mercado apostando que os maiores gastos fiscais e cortes de taxa da administração de Trump estimularão o crescimento econômico e a inflação, o que, em última instância, levará a um período de maiores taxas de juros.
Em relação aos resultados, Wal-Mart (NYSE:WMT), Best Buy (NYSE:BBY) e Staples (NASDAQ:SPLS) ficaram entre as empresas escaladas para comunicar dados antes da abertura do pregão, enquanto que a Applied Materials (NASDAQ:AMAT) e a Gap (NYSE:GPS) são umas das companhias que devem publicar dados após o fechamento.
Enquanto isso, os preços do petróleo registraram alta, com os ministros da Opep comentando sobre um possível acordo para a produção.
O Ministro de Energia saudita, Khalid al-Falih, mostrou otimismo nesta quinta-feira, indicando que a Opep formalizaria um acordo de produção de petróleo preliminar firmado na Argélia, em setembro.
"Continuo acreditando que o consenso atingido na Argélia para limitar a produção se traduzirá, se Deus quiser, em limites nos níveis dos Estados e em cortes equilibrados e justos entre os países", disse à TV saudita, Al-Arabiya.
Com discurso parecido, o Ministro de Energia argelino, Noureddine Boutarfa, insistiu que a Opep está chegando a um consenso quanto a um acordo de produção de 6 meses.
O petróleo bruto americano futuro apresentou alta de 1,34%, a US$ 36,18, às 9h59, enquanto que o Brent saltou 1,57%, para US$ 47,56.