Investing.com - O mercado futuro de Wall Street indicou abertura estável nesta terça, com os investidores começando a analisar uma série de relatórios de resultados e de olho na reunião do Presidente Donald Trump com as três principais montadoras.
O Dow futuro, índice que engloba as principais empresas listadas na bolsa, subiu 4 pontos, ou 0,02%, às 9h54, o S&P 500 futuro recuou 0,5 ponto, ou 0,02%, enquanto que o Nasdaq 100 futuro, composto pelas maiores empresas de tecnologia do mercado, registrou alta de 1 ponto, ou 0,03%.
Nesta terça, muitos resultados empresariais do quarto trimestre serão divulgados, com um total de cinco componentes do Dow liberando os relatórios antes da abertura do pregão.
A Yahoo (NASDAQ:YHOO) avançou mais de 1% nas negociações pré-mercado, após o portal da internet relatar, após o fechamento da segunda, resultados que superaram as expectativas e voltaram a apresentar ganhos nas operações após as perdas do ano passado.
A blue-chip DuPont (NYSE:DD) produziu lucros por ação (LPA) de US$ 0,51, superando as estimativas em US$ 0,09, apesar da queda anual da receita de 1,7%, representando US$ 5,21 bilhões, ter ficado abaixo das expectativas.
As ações da Alibaba (NYSE:BABA) avançaram mais de 1% nas negociações pré-mercado nesta terça, com a gigante chinesa da internet divulgando LPA do terceiro trimestre de US$ 1,30 e receita de US$ 53,248 bilhões de yuan (US$ 7,7 milhões), superando as previsões de US$ 1,13 e 33,16 bilhões de yuan, respectivamente.
A Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) viu suas ações caírem mais de 2% após apresentar uma receita de US$ 18,11 bilhões no quarto trimestre, ficando abaixo das estimativas de US$ 18,42 bilhões, apesar de o LPA ter ficado em US$ 0,58, superando as previsões em US$ 0,02.
Outras gigantes como: 3M (NYSE:MMM), Travelers (NYSE:TRV) e Verizon (NYSE:VZ) devem divulgar seus relatórios após a abertura dos mercados.
Após o fechamento, a Texas Instruments (NASDAQ:TXN), a Alcoa (NYSE:AA), a Capital One (NYSE:COF), a Discover Financial (NYSE:DFS), a Intuitive Surgical (NASDAQ:ISRG), a Seagate Technology (NASDAQ:STX) e a Stryker (NYSE:SYK) também liberam seus relatórios.
O presidente Trump continuará no centro das atenções, com sua reunião com executivos da Ford (NYSE:F), General Motors (NYSE:GM) e Fiat Chrysler (NYSE:FCAU) na casa Branca nesta terça-feira, às 12h (horário de Brasília), para colocar pressão na indústria de automóveis para que eles invistam nos EUA.
Será a primeira vez que os diretores executivos das três grandes montadoras se reúnem ao mesmo tempo com um presidente americano desde uma sessão em julho de 2011 com o Presidente Obama.
Em uma reunião com executivos de ponta das fábricas americanas na Casa Branca nesta segunda, Trump afirmou que realizará cortes "gigantescos" nos impostos e afirmou que pode reduzir a regulamentação em "75% ou mais" para ajudar a indústria a criar mais empregos nos EUA. O presidente também reiterou sua promessa de implementar impostos de fronteira altíssimos.
Em relação aos dados econômicos, os participantes do mercado devem focar nos relatórios preliminares da Markit sobre o índice de atividade dos gerentes de compras do setor fabril (PMI) de janeiro, às 13h45, seguido pelas vendas de imóveis usados de dezembro, às 14h.
Enquanto isso, os preços do petróleo avançaram nesta terça, recuperando-se das perdas da sessão de ontem, em meio a indicações de que os grandes produtores da commodity estão cumprindo com o acordo de corte de produção.
O ministro de petróleo do Iraque afirmou, nesta segunda, que a maioria dos produtores atuando em seu território estão colaborando com as reduções de produção estabelecidas por membros e não membros da Opep no intuito de reequilibrar o mercado.
Os contratos futuros de petróleo bruto americano avançaram 0,19%, a US$ 52,85, às 9h55, enquanto que o petróleo Brent registrou alta de 0,02%, a US$ 55,24.
Do outro lado do atlântico, os mercados europeus operaram em alta nesta terça, com a suprema corte do Reino Unido decidindo que o governo britânico é obrigado a obter a aprovação do parlamento para iniciar as negociações do processo de saída da União Europeia (UE), conhecido como Brexit.
Como já era esperado, a corte suprema britânica decidiu que a primeira-ministra, Theresa May, precisa da aprovação do parlamento para invocar o artigo 50, que dá início ao processo que permite que o Reino Unido comece as negociações do Brexit.