Calendário Econômico: Guerra tarifária, Super Quarta, PIB dos EUA e payroll
Os futuros de índices nos Estados Unidos retomam o movimento de alta que havia sido interrompido depois de quatro sessões seguidas de ganhos das bolsas. Na Europa, as principais bolsas também subiam, com o Stoxx 600 a um passo de marcar novo recorde e o FTSE 100, que voltou às operações depois do feriado prolongado no Reino Unido, avançando para o nível mais alto desde fevereiro de 2020.
Dado o escasso volume financeiro e a proximidade do feriado de fim do ano, os mercados devem andar de lado na jornada de hoje, numa tentativa de preservar os ganhos de 17% na renda variável mundial.
A agenda macroeconômica está morna. A única referência macroeconômica com maior peso serão os pedidos iniciais de seguro-desemprego dos Estados Unidos, que saem amanhã (30). Os últimos dados divulgados nos EUA se referem à pesquisa do setor manufatureiro do Fed de Richmond, que subiu em dezembro, superando as expectativas. O crescimento dos preços das casas no país esfriou modestamente em outubro, após terem disparado durante a pandemia.
O petróleo, que subia esta manhã, passou a registrar uma ligeira queda. A alta no início do dia se sustenta pela confiança de que a recuperação econômica se sobreporá à ameaça da Covid-19 e pela expectativa de uma nova queda nos estoques. Os futuros do minério de ferro cediam pelo terceiro dia seguido nos mercados asiáticos. Já o bitcoin se mantinha abaixo dos US$ 48 mil, depois de uma desvalorização que deixou antever uma menor propensão a ativos mais especulativos.
- Ontem, nos Estados Unidos, o S&P 500 pausou uma sequência de quatro altas e recorde de fechamento para terminar com 0,10% de baixa. O Nasdaq caiu 0,56% e, em direção contrária, Dow fechou com 0,26% de alta
De olho no futuro
No mercado, 2021 já virou passado e os investidores dirigem o olhar para 2022, e com otimismo. Se espera um bom ano para as bolsas, ainda que com potencial de desempenho mais modesto que o de 2021.
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Dentre os principais riscos para a renda variável no ano que chega estão a evolução do coronavírus, as perspectivas econômicas e empresariais na China e o aperto monetário de bancos centrais como o Federal Reserve (Fed).
Contudo, entre os analistas ressoam as expectativas de remissão da pandemia, com menos hospitalizações, novos medicamentos e mais “vida normal”, o que beneficia o consumo.
Os resultados empresariais continuarão sendo um bom catalisador para os negócios com ações. Quanto à inflação, a expectativa corrente é de que tende a se moderar a partir do segundo semestre.
No que se refere à política monetária, uma retirada leve e gradual dos estímulos concedidos pelos bancos centrais deve manter o mercado com liquidez.
Na agenda
- IGP-M e Fluxo Cambial Estrangeiro
- Índice de Compras MBA, estoques de Petróleo, vendas e estoques do varejo nos Estados Unidos
-- Com informações de Bloomberg News