BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil sobem hoje?
Investing.com – Com incerteza nos mercados locais e internacionais levando a riscos altistas para a inflação, a Klabin (BVMF:KLBN11) optou pela diversificação geográfica das vendas no período entre julho e setembro. No entanto, mesmo com a resiliência do mercado papel-cartão, outros segmentos foram desafiadores, como o containerboard. As tendências foram bem recebidas pelos investidores. Em repercussão ao balanço reportado do terceiro trimestre, as Units subiam 0,86% no pregão às 14h31 (de Brasília) desta quarta-feira, 25, a R$22,32.
“Os resultados do 3T23 refletem um desempenho sólido e consistente em um ambiente macroeconômico volátil e desafiador. A exposição da Klabin a segmentos de produtos essenciais, com destaque para alimentos, bebidas e higiene, contribuiu para a resiliência de resultados”, destacou a Klabin em release de resultados.
A Klabin reportou receita líquida de R$4,400 bilhões, queda 20% na comparação com igual intervalo do ano passado, diante de “menor volume de vendas, redução nos preços de kraftliner e celulose e da valorização do real frente ao dólar no período”. A variação trimestral foi positiva em 3%.
O EBITDA Ajustado chegou a R$1,352 bilhão, 41% abaixo do mesmo intervalo do ano passado, mas acréscimo de 1% frente ao período entre abril e junho. Enquanto isso, o lucro líquido caiu 75% na base trimestral e 88% na anual, totalizando R$245 milhões.
A Órama Investimentos destacou a normalização da produção com o fim das paradas voltadas para manutenção, que vinham comprometendo os dados do segundo trimestre. Os preços da celulose iniciam uma tendência de melhora, segundo Phil Soares, chefe de análise. “Já na receita, a Klabin teve queda expressiva, de 20% na comparação anual, puxada por preços menos atraentes para celulose e kraftliner”, pondera. A Órama conta com classificação de compra para as ações, com preço-alvo de R$27,45.
Segundo a XP (BVMF:XPBR31), os indicadores da Klabin vieram ligeiramente melhores, com Ebitda superior às projeções em 8%, diante de um cenário doméstico desafiador. Conforme apontam os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes, Fernanda Urbano, entre os principais destaques do período foram a menor demanda por kraftliner impactando o volume de vendas de papel, além dos volumes de vendas de celulose mais elevados. Ainda, os analistas citaram os “menores custos caixa de celulose devido a menores custos com soda cáustica”.
“Apesar dos resultados gerais positivos do 3T23, acreditamos que os investidores estão olhando mais de perto para o 4T23E, que prevemos ser um trimestre desafiador, especialmente para a divisão de papel e embalagens (com perspectivas de melhoria para celulose)”, concluem.
O Itaú BBA também avaliou os dados como melhores do que o esperado. “Resultados de celulose mais fortes no trimestre, com melhores volumes e custos, mais do que compensaram os preços mais baixos. A receita líquida da divisão de papéis caiu devido ao pior desempenho do kraftliner e do papelão. O segmento de embalagens foi resiliente no 3T23, com números dignos para caixas e sacos de papelão ondulado”, detalham Daniel Sasson, Marcelo Furlan Palhares, Edgard Pinto de Souza e Barbara Soares. Os analistas ponderam, no entanto, que a alavancagem subiu no trimestre, mas avaliam que o perfil da dívida permanece saudável. A indicação do Itaú BBA é market perform, equivalente à neutra, com preço-alvo de R$24.