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SÃO PAULO (Reuters) - A Oi (BVMF:OIBR3), antiga "campeã nacional" de telecomunicações, concluiu as vendas de suas operações de fibra óptica e TV paga na sexta-feira, o que deve ajudar o grupo que está há anos em recuperação judicial a reduzir endividamento.
A rede de fibra foi vendida à operadora de rede neutra V.tal, controlada pelo BTG Pactual (BVMF:BPAC11), em setembro passado por R$5,71 bilhões. A transação envolve dação de dívidas e debêntures e emissão de ações, segundo comunicado da companhia publicado nesta quarta-feira.
Já as operações de TV paga foram vendidas em leilão em fevereiro deste ano e que teve como único interessado a Mileto Tecnologia, empresa criada em outubro passado e que ofereceu preço de até R$30 milhões.
As ações ordinárias da Oi exibiam alta de 4,4% às 15h23, enquanto os papéis preferenciais avançavam 0,5%.
A operação de fibra da Oi envolvia um conjunto de cerca de 4 milhões de casas conectadas até o final de setembro, uma das maiores empresas do setor no país, segundo balanço trimestral da companhia. Já a OI TV reúne cerca de 600 mil clientes, segundo comunicado da Mileto divulgado também nesta quarta-feira.
A Mileto é presidida por Roberto Guenzburger, que já trabalhou no grupo Claro e na própria Oi, de onde saiu em 2023.
"Vamos incentivar os ex-clientes e todos aqueles que tenham uma antena e setupbox antigo da Oi TV a testar e reativar o serviço", afirmou Guenzburger em comunicado à imprensa.
"Estamos falando de milhões de potenciais clientes, que terão a oportunidade de comprovar a qualidade dos conteúdos e da transmissão dos canais 100% HD, a um preço acessível", acrescentou sem dar detalhes das ofertas da empresa após a aquisição dos ativos da Oi TV e citando que o foco da Mileto é distribuição de conteúdo e não a competição por clientes de banda larga.
Segundo a Mileto, ao assumir a operação de TV da Oi, a empresa manteve parceria com a operadora do satélite que atende os clientes DTH da Oi TV, a empresa europeia SES, e espera desenvolver novas parcerias com programadoras de conteúdo.
(Por Alberto Alerigi Jr.)