Em meio às crescentes tensões no Mar do Sul da China, as Filipinas tornaram-se um ponto focal para contratantes de defesa globais. Na semana passada, Manila sediou uma exposição com 291 empresas, incluindo Lockheed Martin (NYSE:LMT), Saab, Rafael e a joint venture BrahMos, exibindo suas mais recentes tecnologias militares e sistemas de armas. O evento marcou a fase mais recente do programa de modernização militar multibilionário das Filipinas.
Chester Cabalza, presidente do think tank International Development and Security Cooperation, sediado em Manila, destacou as Filipinas como um mercado emergente para a defesa, com questões estratégicas envolvendo a China atraindo a atenção de empresas internacionais de defesa. O país comprometeu 35 bilhões de dólares ao longo da próxima década para fortalecer suas capacidades militares, enquanto disputa com a China territórios no Mar do Sul da China.
Sob a liderança do Presidente Ferdinand Marcos Jr, as Filipinas estão diversificando suas parcerias de segurança, envolvendo-se com países como Japão e Austrália, que compartilham preocupações sobre a crescente influência da China na região. O objetivo da modernização, segundo Jesus Avilla, ex-secretário assistente de defesa, é criar uma força de defesa credível independente da questão da China.
As forças armadas filipinas estão no mercado por ativos avançados como caças, submarinos e sistemas de mísseis. Embora os Estados Unidos permaneçam um fornecedor-chave devido aos laços militares de longa data, as Filipinas estão ampliando seus horizontes de aquisição para incluir países como Índia, Israel, Polônia, Coreia do Sul e Turquia.
Novas empresas e nações, incluindo Grã-Bretanha, França e Japão, participaram da exposição, refletindo o papel crescente de Manila na segurança regional. Avilla enfatizou a urgência da modernização, destacando que o Mar do Sul da China não é apenas um ponto de tensão estratégico, mas também um recurso crucial para a segurança econômica e alimentar.
As vastas reivindicações da China sobre o Mar do Sul da China, que vê mais de 3 trilhões de dólares em comércio marítimo anual, são contestadas por vários países, incluindo as Filipinas. Apesar de uma decisão de 2016 do Tribunal Permanente de Arbitragem contra as reivindicações da China, o país rejeitou a decisão.
O oficial da marinha filipina Alandel Drilon expressou preocupação com a idade da frota atual e viu a exposição como uma oportunidade para explorar opções de atualização de equipamentos. Em 2022, as Filipinas investiram em um sistema de mísseis antinavio BrahMos de 375 milhões de dólares, com perspectivas de novas aquisições no horizonte.
A Israel Aerospace Industries (IAI) está preparada para oferecer uma gama de sistemas avançados, desde aeronaves de reconhecimento até radares costeiros. As Filipinas também estão avaliando propostas para 40 aeronaves de caça multifuncionais, com os jatos Gripen da Saab considerados um forte candidato. Jussi Halmetoja, da Saab, expressou a prontidão da empresa em atender aos requisitos da Força Aérea Filipina e mencionou negociações em andamento com o ministério da defesa.
A exposição não apenas mostrou hardware militar, mas também forneceu uma plataforma para as forças armadas filipinas interagirem com empresas de defesa e avaliarem os melhores sistemas para suas necessidades, como apontado pelo Tenente-General Charlton Sean Gaerlan, vice-chefe de estado-maior das forças armadas filipinas.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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