O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta terça-feira, com investidores ainda atentos aos sinais de aperto monetário nos Estados Unidos. Além disso, o iene renovou mínimas em 20 anos frente ao dólar, como reflexo da política mais relaxada do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), sobretudo na comparação com a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 128,92 ienes, o euro avançava a US$ 1,0789, este quase estável, e a libra recuava a US$ 1,2998. O índice DXY teve alta de 0,18%, a 100,961 pontos.
O DXY chegou a operar perto da estabilidade mais cedo, após ganhos recentes, mas retomou o fôlego. Entre os dirigentes do Fed, Charles Evans, presidente da distrital de Chicago, reafirmou o compromisso em subir juros para conter a inflação, mas considerou que a economia americana deve continuar a se sair bem, no quadro atual. Ele ainda não descartou a possibilidade de altas de 50 pontos-base em reuniões, neste ciclo de aperto.
O iene, por outro lado, batia mínimas em 20 anos, com as divergências nas posturas dos bancos centrais de Japão e EUA. O governo japonês disse que monitora o quadro e "responderá adequadamente", mas sem anunciar medidas. Para o MUFG, o iene pode ainda recuar mais, diante da postura do BoJ, com a moeda japonesa vulnerável a mais fraqueza no curto prazo e o mercado considerando que o dólar pode avançar para cerca de 130 ienes. Já a Western Union destaca que a sequência negativa da moeda japonesa era a maior em "pelo menos 50 anos".
Ainda no noticiário, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou projeções para a economia global neste ano e no próximo. A guerra na Ucrânia foi apontada como um dos principais motivos.