O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu nesta sexta, 22, em meio a mais declarações favoráveis a aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 128,55 ienes, o euro recuava a US$ 1,0798 e a libra tinha baixa a US$ 1,2834. O índice DXY avançou 0,64%, a 101,220 pontos. Na comparação semanal, o DXY registrou alta de 0,90%.
O dólar já subia no início da sexta-feira, um dia após o presidente do Fed, Jerome Powell, falar em aperto monetário mais acelerado, potencialmente de 50 pontos-base, na próxima reunião. Nesta tarde, a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que defende altas de 50 pontos-base, em maio e também em outras reuniões, a fim de chegar mais rápido a uma taxa neutra de juros. Por outro lado, ela disse não ver como necessário elevar os juros em 75 pontos-base em apenas uma reunião.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse haver "chance forte" de alta de juros ainda neste ano na zona do euro. Houve ainda sinal positivo da atividade da região, segundo o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), mas a moeda não conseguiu avançar frente à força do dólar. Já a libra caiu após dado fraco de vendas no varejo do Reino Unido, mesmo que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) tenha reafirmado o compromisso com aperto monetário.
A cautela com o quadro global também apoia a compra da divisa americana, com perda de fôlego na economia da China e seus efeitos e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Para a Capital Economics, o dólar se valorizou nesta semana com o Fed sinalizando que manterá o aperto mesmo se a economia americana perder fôlego, diante das preocupações com a inflação elevada.