O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, recuou nesta segunda-feira, 25, com investidores se posicionando para a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), nesta quarta-feira. A consolidação de apostas de uma alta menos agressiva do que chegou a ser projetado algumas semanas atrás colabora para conter a força da divida americana, com o euro em alta modesta.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 136,68 ienes, o euro avançava a US$ 1,0226 e a libra tinha alta a US$ 1,2049. O DXY registrou queda de 0,23%, a 106,483 pontos.
O dólar não mostrou grande impulso hoje, no início da semana de decisão do Fed. A expectativa majoritária do mercado é que a alta seja de 75 pontos-base, não de 100 pontos-base como chegou a ser a maioria das apostas algumas semanas atrás. A BlackRock (NYSE:BLK) argumentava ainda que o Fed pode elevar os juros em demasia, mas deve ajustar a postura mais adiante, diante dos estragos na atividade.
Já a Moody's cortou projeções para a economia dos EUA, neste ano e no próximo. Na avaliação da agência, o aperto do Fed desacelera a atividade no país, mas uma recessão deve ser evitada. A S&P Global, por sua vez, cortou projeção para o crescimento global em 2022, de 2,9% a 2,7%. Em meio ao noticiário e em dia de agenda de indicadores modesta nos EUA, a moeda local não registrou grande impulso.
Entre moedas emergentes e commodities, no câmbio oficial o dólar avançava a 130,4128 pesos argentinos, de 129,8137 pesos no fim da sexta-feira. Já no mercado paralelo, o chamado dólar blue recua mais de 4% no fim da tarde de hoje, a 322 pesos, ajustando parte das altas fortes recentes, após recorde na semana passada, segundo o jornal Ámbito Financiero. A ministra da Economia argentina, Silvina Batakis, viaja aos EUA nesta semana, para se reunir com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. Após assumir o posto, Batakis reafirmou o compromisso com o acordo em andamento com o Fundo.