O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu nesta sexta, 18. Em uma sessão marcada pela agenda esvaziada, a divisa americana foi apoiada por comentários do presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em St. Louis, Jim Bullard, enquanto investidores continuam a monitorar a continuidade do conflito na Ucrânia. Na semana de decisão de política monetária nos Estados Unidos, o DXY caiu 0,90%.
O índice DXY fechou em alta de 0,26%, em 98,233 pontos, mas com queda de 0,90% na semana. No fim da tarde em Nova York dólar subia a 119,11 ienes, o euro recuava a US$ 1,1053 e a libra tinha alta a US$ 1,3186.
O dólar já operava em alta durante a madrugada e ampliou ganhos após Bullard defender que o Fed deveria ter elevado seus juros de forma mais agressiva, em 0,50 ponto porcentual. De acordo com a Western Union, além da fala de Bullard, o dólar, considerado um porto seguro em tempos de crise, foi beneficiado pela volta de uma maior cautela no mercado. "O otimismo nascente do mercado nesta semana se dissipou hoje em meio à guerra em andamento na Ucrânia, onde um acordo de cessar-fogo permanece indefinido", destacou, em relatório enviado a clientes.
De acordo com a Capital Economics, o fato de o dólar terminar a semana um pouco mais baixo em relação à maioria das principais moedas é um tanto surpreendente, dado o tom hawkish do Fed na quarta. "No entanto, ainda achamos que o dólar subirá em relação à maioria das moedas ao longo deste ano. De fato, revisamos para cima nossa projeção para o rendimento do Tesouro dos EUA de 10 anos. Isso continua nos sugerindo um cenário favorável para o dólar", afirma, em relatório enviado a clientes.
O rublo russo ficou volátil em relação ao dólar hoje, após o Banco Central da Rússia decidir manter seu juro básico em 20%. No fim da tarde de Nova York, o dólar subia a 106,535 rublos russos, de 103,535 rublos no fim da tarde de ontem.