Investing.com - As ações da MRV Engenharia (SA:MRVE3) são negociadas com queda na manhã desta quarta-feira (13) na B3. A companhia informou, na véspera, que teve lucro líquido de R$ 160 milhões no terceiro trimestre, queda de 8% com relação ao mesmo período do ano passado.
Com isso, por volta das 11h24, os papéis eram negociados com perdas de 2,2% a R$ 17,30.
O resultado foi impactado com paralisação de repasses para imóveis do programa Minha Casa Minha Vida durante praticamente todo o trimestre, que fez a MRV (SA:MRVE3) ter uma queima de caixa de 198 milhões de reais, ante uma geração de 241 milhões um ano antes.
A companhia apurou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 248 milhões, alta de 4,2% na base anual. Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 184,6 milhões e Ebitda de R$ 257,5 milhões, segundo dados da Refinitiv.
Segundo o balanço, com a paralisação nos repasses do MCMV, parte das vendas da empresa feitas no trimestre passado acabou não sendo registrada no período. Com isso, o número de unidades repassadas entre julho e setembro despencou 32,5%, para 7.266.
Além disso, a companhia voltou a citar maior rigor na concessão de crédito pelos bancos financiadores, o que forçou “uma flexibilização das condições comerciais” e contribuiu para a queda da margem bruta, de 33% para 29,5%.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) avalia que os números da MRV (SA:MRVE3) foram fracos, com perspectivas de curto prazo desafiadoras. Para os analistas, impactaram os resultados as margens da MRV , que permaneceram sob pressão (e não há sinal de que essa tendência mude no curto prazo); as contingências foram mais altas do que o esperado (e foram teimosamente altas por um tempo); e a queima de caixa também foi negativa.
Para eles, no líquido, os os números foram fortes, embora dentro do esperado pelo mercado. Com a negociação de ações em 1,8x P/TBV, a recomendação segue de compra.
Para a Mirae Asset, o resultado foi mais fraco do que o esperado e foi impactado por atrasos no repasse de recursos da Caixa Econômica, estratégia mais agressiva de vendas e aumento de custos. Ocorreu maior consumo de caixa, como já havia sido informado anteriormente.