A MRV (BVMF:MRVE3) paralisou as suas atividades no Rio Grande do Sul por conta das enchentes que assolam a região. Ao todo, a empresa tem 20 canteiros de obras parados, que representam o equivalente a 3,5% do total de moradias em produção.
"Obviamente as obras estão paradas. Quanto tempo vai demorar para voltar é algo secundário, ainda não temos um inventário pronto", disse o diretor Financeiro e de Relação com Investidores, Ricardo Paixão, em entrevista. "A prioridade é ajudar tanto os nossos colaboradores quanto a população local. Depois vamos avaliar o que foi perdido de material", completou.
A MRV tem 1,4 mil funcionários diretos e indiretos no Rio Grande do Sul. Boa parte deles está sem capacidade de se deslocar e/ou sem condições de ficar nas próprias casas, afetadas pelos alagamentos A companhia tem colaborado com opções de alojamento, empréstimo de apartamentos da Luggo (subsidiária do locação) e antecipação de benefícios como vale-refeição, férias e décimo terceiro salário.
Além disso, o grupo abriu uma campanha de arrecadação de dinheiro para as vítimas das enchentes. A cada R$ 1 arrecadado, o grupo coloca mais R$ 1. Também há envio de caminhões-pipa com água potável para atender pessoas das cidades de Porto Alegre e Canoas.
Perguntado se acredita em efeitos colaterais para a atividade de construção nas próximas semanas, Paixão estimou que possa haver alguma dificuldade de aquisição de materiais, uma vez que haverá um salto na demanda em função de obras e reformas que serão iniciadas para recuperar o Rio Grande do Sul. Ele ponderou, entretanto, que ainda é cedo para traçar uma estimativa mais precisa.