Money Times - Uma consulta pública apresentada pela MSCI, e que pode mudar os índices produzidos por ela – incluindo os que contêm empresas brasileiras -, tem a capacidade de trazer um forte impacto para as ações, avalia o BTG Pactual (SA:BPAC11) em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (14). A ideia da revisão, que pode ser vista aqui, é mudar o peso dos papéis que trazem consigo um menor poder de voto sobre as companhias que representam.
Desta forma, caso a proposta seja implementada, ela irá afetar as empresas que possuem ações sem direitos a voto. O BTG cita algumas como o Itaú (SA:ITUB3; SA:ITUB4), Bradesco ((SA:BBDC3); SA:BBDC4) e Vivo (SA:VIVT3; SA:VIVT4)). A revisão será publicada no final de junho e poderá conceder a estas companhias um período de carência de três anos para que adequem o poder de voto dos seus ativos. Já os novos entrantes ficarão sujeitos à nova regra.
Segundo os cálculos dos analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, as ações mais impactadas seriam as preferenciais do Itaú, com o equivalente a 10 dias de negociações, Bradesco, com quatro dias, Vivo, com 1,3 dia, Gerdau (SA:GGBR4), com 1,2 dia e Itaúsa (SA:ITSA4) com um dia.
Por outro lado, a participação da Ambev (SA:ABEV3) poderia crescer em 3,9 pontos percentuais, seguida por Vale (SA:VALE3), com 3,8 pontos percentuais, e B3 (SA:BVMF3), com 1,5 ponto percentual. “Com o investimento passivo cada vez mais ganhando espaço, muitas empresas – assumindo, é claro, que a MSCI confirme essa revisão do índice em junho – terão de ajustar suas estruturas de acionistas para manter sua relevância”, ressalta o banco.
Por Money Times