Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A elétrica Neoenergia precificou suas ações a 15,65 reais em sua oferta pública secundária, informaram nesta sexta-feira as empresas envolvidas, em uma operação que movimentou mais de 3 bilhões de reais.
A precificação das ações, que começam a ser negociadas em 1º de julho, ficou dentro da faixa indicativa de preço da operação, de 14,42 a 16,89 reais por ação.
A demanda total chegou a nove vezes o tamanho da oferta, disse uma fonte com conhecimento do assunto.
No processo, a espanhola Iberdrola (MC:IBE) vendeu 29,7 milhões de ações; o BB Investimentos, 113,4 milhões de papéis; e a Previ, 64,9 milhões de títulos.
Dessa forma, a operação movimentou cerca de 3,26 bilhões de reais, disse a Neoenergia, sem considerar a venda de lotes suplementar e adicional, que podem ampliar o lote total vendido em até 35%, tendo como referência a oferta base.
A alienação da participação do BB (SA:BBAS3) Banco de Investimento S.A. (BB-BI), empresa controlada do BB, equivalente a 9,35% das ações da Neoenergia, avaliada em 1,795 bilhão de reais no BB em 31 de março de 2019, resultará em 1,775 bilhão de reais, disse a instituição bancária em nota.
"Estimamos que os impactos no resultado e no índice de Capital Principal serão residuais... A transação foi realizada com o objetivo de otimizar o valor dos investimentos estratégicos do conglomerado BB", disse o banco em nota.
Já a Iberdrola deve continuar sendo a principal acionista. Ela tinha 52,45% da companhia, antes da oferta.
O presidente-executivo empresa espanhola Ignacio Sánchez Galán lembrou recentemente que, segundo acordado com os outros acionistas, há intenção da companhia de continuar com o controle da Neoenergia.
A Previ, por sua vez, detinha cerca de 38%, antes da venda das ações.
(Por Roberto Samora; com reportagem adicional de Tomás Cobos, em Madrid)