DETROIT/WASHINGTON (Reuters) - A greve surpresa do sindicato United Auto Workers (UAW) na maior e mais lucrativa fábrica da Ford (NYSE:F) Motor está aumentando a pressão sobre a Stellantis (NYSE:STLA) e a General Motors (NYSE:GM), com os negociadores retomando discussões contratuais nesta quinta-feira.
Os negociadores do sindicato voltaram suas atenções nesta quinta-feira para as conversas com a Stellantis, disse o presidente da entidade, Shawn Fain, confirmando uma reportagem da Reuters.
"Esperamos que as conversas com a Stellantis sejam mais produtivas do que as com a Ford", escreveu nas redes sociais. A Stellantis não comentou de imediato.
A greve na fábrica mais lucrativa da Ford, em Kentucky, é um alerta à Stellantis e à GM, cujos salários e benefícios são menores que os da Ford, com base em resumos que as montadoras e o sindicato divulgaram.
Alguns analistas veem a decisão de Fain de fechar a planta da Ford em Kentucky, que constrói picapes Super Duty e SUVs Lincoln Navigator, como um sinal de que o plano final pode estar começando no quase mês de paralisações coordenadas nas três grandes montadoras de Detroit.
"Pressão sempre foi necessária para forçar um acordo", escreveu Chris McNally, analista da Evercore ISI, em nota nesta quinta-feira.
(Reportagem de Joe White em Detroit, Abhirup Roy em São Francisco e David Shepardson em Washington; Reportagem adicional de Priyamvada C em Bengaluru)