A série G de investimentos do Nubank, que se iniciou em janeiro e ganhou extensão com aportes do Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) (SA:BERK34) e de um grupo de investidores liderado pela Sands Capital, se tornou a maior rodada de captação de recursos por uma empresa de tecnologia da América Latina, de acordo com a fintech. Ao todo, os investimentos captados totalizaram US$ 1,15 bilhão, mais da metade dos US$ 2 bilhões que o Nubank captou desde sua criação em 2013.
O veículo do megainvestidor Warren Buffett investiu US$ 500 milhões na empresa, enquanto o grupo encabeçado pela Sands aportou mais US$ 250 milhões. Em janeiro, o Nubank havia captado US$ 400 milhões dentro da mesma série. De acordo com a Dow Jones Newswires, que reportou o aporte, o Nubank passou a ser avaliado em US$ 30 bilhões a partir do investimento.
Essa etiqueta torna a maior fintech brasileira, que também tem operações em outros países da América Latina, mais valiosa que o Banco do Brasil (SA:BBAS3), avaliado em R$ 103 bilhões. Pelo câmbio da manhã desta terça-feira, 8, o Nubank tem valor de R$ 152 bilhões. A título de comparação, o Santander Brasil (SA:SANB11) vale R$ 168,3 bilhões, o Bradesco (SA:BBDC4), R$ 231,6 bilhões, e o Itaú Unibanco (SA:ITUB4), R$ 298,5 bilhões.
Os recursos que o Nubank captou nas etapas da rodada serão utilizados para dar suporte ao crescimento da fintech, com a expansão do portfólio de produtos e da presença de mercado, o crescimento internacional e a atração de talentos globais. Como mostrou a Coluna do Broadcast na sexta, o Nubank adicionou cerca de 40 mil correntistas ao dia à sua base nos últimos meses, segundo pesquisa da Idwall.
O grupo liderado pela Sands contou com a participação de diferentes gestoras, entre elas as brasileiras Absoluto Partners e a Verde Asset, de Luis Stuhlberger. Investidores internacionais, como o Canadá Pension Plan Investment Board (CPP Investments), o MSA Capital e a Sunley House, braço da Advent, também estiveram no grupo.
"Temos uma longa experiência em investimentos em algumas das empresas de tecnologia, mídia e telecomunicações mais bem-sucedidas do mundo. Buscamos empresas que não estejam apenas desafiando o status quo hoje, mas também estejam moldando o futuro", disse, em nota, o sócio-diretor da Sands, Barron Martin.
A empresa destaca ainda que a rodada serviu para dar entrada a gestoras nacionais, na figura da Absoluto e do Verde. "É com bastante entusiasmo que ingressamos nessa jornada como um dos primeiros investidores brasileiros", afirmou José Zitelmann, cofundador da Absoluto.
O Nubank também recebeu recursos de Invesco, Tarsadia Capital e da chinesa Tencent, que já eram investidores.
O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) procurou o Berkshire Hathaway mas, até a publicação desta nota, não obteve resposta.