Um levantamento inédito da SmartBrain, fintech que processa em sua plataforma 175 mil extratos de investimentos gerenciados por assessores de investimentos independentes, revela a exposição de recursos no valor de R$ 100 bilhões em ações e fundos de investimentos.
O número representa aproximadamente um terço de todo o volume do segmento private no Brasil. Os dados revelam que cerca de 14% deste volume está dedicado para ações, revela o documento obtido com exclusividade para o Money Times.
“E isso vem crescendo nos últimos anos. A pizza está maior em multimercado, que tenta superar o CDI. A fatia vem aumentando para o que está fora da renda fixa”, explica Cassio Bariani, sócio-fundador da SmartBrain.
Já os produtos de previdência privada correspondem à uma pequena fatia das carteiras, embora já comecem a ser recomendados pelos assessores de investimentos que atuam fora dos grandes bancos, aponta a pesquisa.
O levantamento sobre a alocação média (posição em carteira) deste público – investidores que possuem mais de R$ 3 milhões em aplicações financeiras, foi feita com base nos dados que rodaram na plataforma em fevereiro de 2019.
As líderes, nos últimos 12 meses, são: Petrobras (SA:PETR4), Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Vale (SA:VALE3), Itaúsa (SA:ITSA4) e Bradesco (SA:BBDC4).
“O que parece interessante é que, em fevereiro, houve uma procura maior pelas ações da Vale (SA:VALE3), já que os preços caíram muito com o rompimento da barragem em Brumadinho. Pode ter sido um movimento de recomendações de compra”, aponta Bariani. A presença do ETF BOVA11 (SA:BOVA11) mostra que as recomendações em Bolsa estão em alta.
As preferidas no mês de fevereiro
Sobre a alocação em fundos de investimento, o levantamento da SmartBrain mostra que há uma preferência para os gestores de recursos independentes.
Foram excluídos do levantamento os fundos exclusivos e os dedicados a determinados grupos e family offices. “O fundo que mais tem sido investido nos últimos 12 meses tem sido o Alaska Black. Essa posição, no mês de fevereiro, revelou uma mudança para o Moat Capital e o AZ Quest. O Alaska tem chamado muita atenção dos gestores, mas outros fundos também estão sendo procurados”, ressalta Cassio.
OBS: Todos fundos de investimentos apresentados na pesquisa são abertos.