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Pátria oferece desconto de 18% em pedágio e leva leilão de lote 1 de rodovias do Paraná

Publicado 25.08.2023, 14:39
© Reuters. 14/06/2014
REUTERS/Maxim Shemetov

Por Alberto Alerigi

SÃO PAULO (Reuters) - O Pátria Investimentos venceu nesta sexta-feira o leilão de rodovias federais e estaduais do Paraná, ao propor um deságio de 18,25% sobre o valor máximo da tarifa de pedágio, no primeiro certame do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O lote compreende 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais que conectam outros trechos que ligam a capital do Estado com o porto de Paranaguá, região metropolitana de Curitiba e fronteira com o Paraguai, além do Mato Grosso do Sul, e que poderão ser leiloados nos próximos meses.

O Pátria venceu o Consórcio Infraestrutura PR, formado pelo grupo Equipav e pelo fundo de investimento Perfin Voyager, único outro credenciado para o leilão, que ofereceu deságio de 8,30%. A tarifa máxima no leilão era de 0,10673 real por quilômetro, o que segundo os responsáveis pelo leilão já era um valor 30% menor em relação ao praticado dois anos atrás, quando as rodovias ainda estavam sob concessão.

O Pátria terá que investir cerca de 8 bilhões de reais em obras que incluem duplicação de 344 quilômetros, terceiras faixas em outros 210 quilômetros e viadutos. A maior parte desses recursos deverão ser aplicados entre o terceiro e sétimo anos do contrato de 30 anos de concessão. No final do ano passado, o Pátria vendeu 55% da concessionária de rodovias Entrevias para o grupo Vinci. A Entrevias, criada pelo Pátria em 2017, opera uma concessão de 30 anos com 570 quilômetros de rodovias no Estado de São Paulo.

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Apesar do leilão não ter atraído empresas tradicionais de concessões de infraestrutura rodoviária, como CCR (BVMF:CCRO3) e Ecorodovias (BVMF:ECOR3), o ministro dos Transportes, Renan Calheiros Filho, considerou o resultado do leilão como "um sucesso".

"Os dois grupos - Pátria e Equipav - são novos e nunca tinham concorrido (em licitações com ativos federais)", afirmou o ministro a jornalistas ao final do leilão. "Mostramos com o leilão de hoje que haverá tarifa menor e com muita chance de realização de todas as obras elencadas", acrescentou.

Diante do deságio proposto pelo vencedor do leilão e do montante dos investimentos obrigatórios, o ministro foi questionado sobre o risco de descumprimento do contrato. Segundo Renan Calheiros Filho, há mecanismos de mitigação de risco, que incluem ajustes baseados na demanda verificada pelas rodovias e arbitragem independente para solução de controvérsias.

"Se o fluxo for 10% superior ao que estimamos, a concessionária só ficará com 50% do que excedeu a estimativa do leilão... Se a demanda ficar 10% abaixo da estimativa, aí o poder público divide a conta com a concessionária", afirmou o ministro.

O governador paranaense, Carlos Massa Júnior, afirmou que o preço do pedágio sob o novo concessionário será cerca de 50% menor que o praticado dois anos atrás, quando as estradas ainda estavam sob regime de concessão e cobravam os pedágios mais caros do país. Porém, desde que os contratos venceram dois anos atrás, a população deixou de pagar para rodar pelas estradas sobre os trechos leiloados nesta sexta-feira, que envolvem 18 cidades e 3 milhões de habitantes.

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"Dois anos atrás eram 19 centavos por quilômetro e agora serão 8,80", disse o governador.

O preço, porém, deve subir em trechos que serão duplicados, disse o ministro, havendo um gatilho de 40% após o término das obras.

Apesar do governo Lula citar preocupação com a descarbonização e redução de emissões de combustíveis fósseis, apenas 27 quilômetros dos 473 quilômetros do lote leiloado são dedicados a ciclovias.

FUTUROS LEILÕES

O Paraná ainda terá um segundo leilão de rodovias, considerado o mais importante do conjunto de estradas a ser concedido no Estado, previsto para 29 de setembro (lote 2). Os trechos desse leilão envolvem 605 quilômetros que ligam Curitiba ao porto de Paranaguá e ao Estado de São Paulo.

O ministro dos Transportes afirmou que a pasta espera enviar ao TCU até o final de setembro os editais dos lotes 3 e 6, para que possam leiloados no início do próximo ano. O lote 3 se conecta aos lotes 1, 2 e 4 no norte do Estado. Já o 6 conecta o sul do Paraná com o corredor que dá acesso ao porto.

No total o governo paranaense projeta investimentos de 50 bilhões de reais se todos os lotes, que reúnem 3,3 mil quilômetros de estradas, forem concedidos à iniciativa privada via contratos de 30 anos.

Além do Paraná, o ministério ainda prevê para 24 de novembro o leilão da rodovia BR-381, em Minas Gerais, e espera conseguir ainda em 2023 leiloar o trecho da BR-040, que vai de Juiz de Fora a Belo Horizonte, no Estado.

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Calheiros Filho afirmou ainda que o governo federal espera realizar 9 leilões de rodovias em 2024 e 35 ao longo do governo Lula.

PLANTÃO CONTRA PROCESSOS

O leilão desta sexta-feira foi realizado apesar de um processo de comunidades quilombolas situadas às margens da BR-476 contra a realização do certame.

As comunidades dizem que não foram ouvidas e que vão ser afetadas por obras de duplicação. Segundo o representante da B3 (BVMF:B3SA3), o leilão ocorreu porque a Justiça não emitiu decisão que impedisse o certame nesta sexta-feira.

A Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que montou uma equipe com cerca de 90 advogados públicos federais e que desde 18 de agosto o grupo atuava em regime de plantão monitorando ações judiciais que pudessem impactar a realização do leilão.

Outro processo que chegou a ser impetrado durante o período do plantão foi rejeitado pela 2ª Vara Federal de Curitiba na quinta-feira, afirmou a AGU em comunicado à imprensa.

Últimos comentários

Calheiros … teve um bom professor e leveu o dele …
pátria, sempre passei e sempre vou passar pelos pedágios sem pagar. principalmente o pedágio de Jataizinho q custava mais de 22$
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