MOSCOU (Reuters) - Testes que misturaram a primeira dose da vacina russa Sputnik V com uma dose de AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34) revelaram que não há efeitos colaterais graves ou casos subsequentes de coronavírus entre voluntários, afirmou o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF) nesta sexta-feira.
O teste envolveu 50 pessoas e começou no Azerbaijão em fevereiro, disse o Fundo, responsável pela comercialização da Sputnik V no exterior, em um comunicado.
Os resultados completos do testes, incluindo os dados sobre a resposta imunológica produzida pela combinação das vacinas, serão publicados no próximo mês, afirmou o Fundo.
Tanto a Sputnik V quanto a AstraZeneca são vacinas de vetores virais que se baseiam em uma primeira dose que é reforçada por uma segunda.
Essas vacinas de vetores virais usam vírus modificados e inofensivos como veículos, ou vetores, para carregar informação genética que ajuda o corpo a construir imunidade contra futuras infecções.
A primeira dose de Sputnik V é baseada no adenovírus tipo 26, enquanto a vacina da AstraZeneca, desenvolvida com a Universidade de Oxford, usa um vetor de adenovírus de chimpanzé.
A Rússia aprovou testes clínicos na segunda-feira que combinam a dose britânica e a da Sputnik V em cinco clínicas russas.
(Reportagem de Polina Ivanova)