Petrobras fecha com lucro de R$ 42,85 bilhões no 2º trimestre e reverte prejuízo

Publicado 04.08.2021, 15:54
Atualizado 04.08.2021, 19:11
© Reuters.  Petrobras fecha com lucro de R$ 42,85 bilhões no 2º trimestre e reverte prejuízo

Com o consumo de combustíveis subindo, a Petrobras (SA:PETR4) reverteu o prejuízo do segundo trimestre de 2020 e registrou lucro de R$ 42,85 bilhões, no período de abril a junho deste ano. A valorização do petróleo também ajudou a empresa. O barril da commodity do tipo brent, negociado na Europa e usado como referência pela estatal, ultrapassou o patamar de US$ 70. Além disso, a companhia contou com a ajuda da valorização do real frente ao dólar para reduzir o endividamento, já que a maior parte dos seus compromissos é atrelada à moeda americana e a sua receita é pautada pelo real.

O resultado do segundo trimestre veio acima do esperado pelo mercado. A projeção era de lucro líquido de R$ 25 bilhões, segundo a média de quatro casas (BTG Pactual (SA:BPAC11), Itaú BBA, Santander (SA:SANB11) e Credit Suisse (SIX:CSGN)) e do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), ouvidos pelo Estadão/Broadcast.

O lucro representou uma alta de 3.572,2% ante o primeiro trimestre deste ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado ficou em R$ 61,93 bilhões, um avanço de 147,9% ante o segundo trimestre de 2020 e de 26,5% ante o trimestre anterior. Esse resultado superou as expectativas do mercado, de R$ 53 bilhões.

O endividamento líquido caiu para R$ 53,26 bilhões (25,2% menor que em igual período de 2020), enquanto a receita com vendas fechou em R$ 110,71 bilhões, alta de 117,5% frente ao segundo trimestre do ano.

Com esse resultado, a Petrobras deixa para trás o "fantasma" da covid-19. Em igual período do ano passado, a empresa amargou o pior momento da crise, diante de um cenário perverso de queda do petróleo e do consumo interno, simultaneamente. A consequência dessa junção foi o prejuízo de R$ 2,71 bilhões, registrado no segundo trimestre de 2020. Na época, a única venda da petrolífera que se manteve crescendo foi a de gás de cozinha (gás liquefeito de petróleo), por causa da corrida da população para estocar produtos essenciais, principalmente, para a alimentação.

O segundo trimestre deste ano já reflete a flexibilização das medidas de isolamento social e enfrentamento da pandemia. O comércio de óleo diesel, usado em caminhões, subiu ancorado no crescimento do setor agrícola. O volume comercializado cresceu 28,8% comparado a igual período de 2020. E, mesmo em relação ao trimestre anterior, houve um avanço, de 11,4%. As vendas de gasolina também avançaram - 36,9% e 12,7%, considerando a mesma base de comparação.

A Petrobras ainda foi favorecida por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que excluiu a parcela de ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins cobrados na venda dos seus produtos. Isso rendeu à empresa uma receita extraordinária de R$ 4,8 bilhões.

No trimestre, a empresa ainda foi beneficiada com a venda da BR Distribuidora (SA:BRDT3) e com o pagamento de uma parcela da participação remanescente de 10% da NTS ao fundo de investimento gerido pela Brookfield e pela Itaúsa (SA:ITSA4), atuais controladores da empresa operadora de gasodutos.

"O recebimento de valores referentes a estas transações, juntamente com o adiantamento recebido pelas assinaturas dos polos Peroá, Miranga e Alagoas e dos campos de Papa-Terra e Rabo Branco, resultaram em uma entrada de caixa de US$ 2,8 bilhões até 3 de agosto", informou a empresa.

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