Petrobras (PETR4): Estudos “verde” são risco para dividendos?

Publicado 14.09.2023, 11:38
Atualizado 14.09.2023, 11:42
© Reuters.

Investing.com – Após anúncio de estudos adicionais da Petrobras (BVMF:PETR4), sobre parques eólicos offshore no Brasil, com pedido ao Ibama para licenciamento de 10 áreas da costa brasileira, com capacidade produtiva potencial de 23 GW, projetos nessa linha ainda precisarão ser integrados ao próximo plano estratégico, sendo que o atual não contempla os investimentos em magnitude necessária. Por isso, na opinião de analistas do Itaú BBA e do BTG (BVMF:BPAC11), esses estudos não trazem riscos para os dividendos no curto prazo.

Em relatório enviado aos clientes e ao mercado, o Itaú BBA destacou que os projetos de energia eólica offshore não devem se materializar em breve. “Embora esperemos algumas preocupações dos investidores em relação ao anúncio, reiteramos a nossa opinião de que este compromisso de investimento não se concretizará em breve e, portanto, não afetará o potencial da empresa para pagar dividendos no curto prazo”, reforçou, no documento.

De acordo com os analistas Monique Grego, Bruna Amorim e Eric de Mello, “o anúncio se soma às áreas em estudo em parceria com a Equinor (14,5 GW de capacidade), conferindo à Petrobras o maior potencial de geração de energia eólica offshore do Brasil em capacidade protocolada no Ibama”.

Os analistas lembram que as iniciativas ainda estão em fase iniciais e precisam de uma série de análises de viabilidade antes da inclusão no plano estratégico da estatal de petróleo. Assim, consideram improvável que os projetos eólicos offshore sejam incluídos no próximo plano (2024-28).

O Itaú BBA possui classificação market perform para as ações preferenciais, com preço-alvo de R$27,0 e de US$10,2 para ADRs listadas no mercado americano.

O banco BTG concorda que o capex pode ser alto, mas não enxerga uma ameaça para os dividendos neste momento. “Combinado com os estudos com Equinor (14,5 GW), PBR poderia atingir uma capacidade total de energia eólica de 37,5 GW”.

Segundo os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, mesmo com potenciais aprovações de licenciamento e confirmação de viabilidade, a infraestrutura pode levar tempo. “Com base no investimento médio de R$ 15-20 milhões/MW para projetos eólicos na última década, as 10 novas áreas podem significar um desembolso total de investimentos de aproximadamente US$ 70-94 bilhões. Combinado com o potencial parceria com a Equinor, os investimentos poderão atingir ~US$ 114-153 bilhões”, estimam.

Assim, o banco também não espera qualquer impacto na distribuição de dividendos da empresa para os próximos 3-5 anos.

O BTG está mais otimista com os papéis da estatal, considerando a companhia como top pick no setor de petróleo e gás, com crença forte na governança da empresa. Com recomendação de compra, o preço-alvo das ADRs é de US$16.

Às 11h37 (de Brasília) desta quinta, 14, as ações preferenciais da Petrobras subiam 1,57%, a R$33,55.

Enquanto isso, as ADRs ganhavam 3,14%, a US$15,28.

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