Calendário Econômico: Fed é centro das atenções por motivos econômicos, políticos
Investing.com – Analistas esperam um balanço da Petrobras (BVMF:PETR4) com operacional afetado negativamente pela queda na produção na base trimestral, diminuição na cotação internacional do petróleo e preços menores de derivativos em dólar, mas as atenções estão mais direcionadas ao pagamento de dividendos da petroleira. Mesmo com petróleo em baixa, a tendência seria de rendimentos consistentes, na casa dos bilhões.
A companhia apresenta os indicadores financeiros nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, após o fechamento do mercado. O InvestingPro, plataforma premium do Investing.com, indica um lucro por ação (LPA) de US$0,19 com receita de US$21,602 bilhões.
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Apesar dos ventos contrários, a prévia operacional foi considerada como sólida pelo banco BTG (BVMF:BPAC11), que indica compra na ação, com preço-alvo de US$20 por American Depositary Receipt (ADRs) negociada nos Estados Unidos. O ano de 2024 termina com certa fraqueza, mas os fundamentos seguem intactos, argumentou o banco. O BTG espera um Ebitda de US$10,8 bilhões, com lucro líquido de US$2,0 bilhões.
“Na frente operacional, a produção do NOC foi um pouco fraca em 2024, mas há razões sólidas para esperar uma retoma do crescimento em breve. Sim, ainda estamos no início do ano, mas já estamos vendo positivas nas nossas estimativas, alimentadas por melhores preços do petróleo e do câmbio”, destacou o BTG.
Após os dados operacionais, o Bank of America (NYSE:BAC) reforçou classificação de compra, com preço-alvo de US$16,5 por ADR ou R$48 por ação, diante de importantes desenvolvimentos, que teriam “ajudado a acalmar as preocupações sobre governança corporativa, preços de combustíveis e dividendos”. Na opinião do banco, a companhia deve apresentar uma forte geração de caixa e retornos no futuro próximo.
A Genial, que indica compra, com preço-alvo de R$48 para papéis preferenciais, enxerga números sólidos e investimentos de cerca de US$4 bilhões, em comparação com em torno de US$3 bi nos trimestres anteriores. O período foi marcado, no entanto, pelo “excesso de paradas técnicas ao longo do período, alto fator de utilização das refinarias ainda que compensado por margens sob pressão ao longo do trimestre”.
A XP, também recomendando compra, com preço-alvo de R$46 para ações preferenciais, calcula um Ebitda ajustado de US$ 10,5 bilhões, com lucro de US$ 0,8 bilhão, impactado por perdas cambiais. A queda frente ao trimestre anterior deve ser motivada pela menor produção, diminuição da cotação do petróleo e preços de derivativos ligeiramente mais baixos em termos de dólar em meio à depreciação do real.
O que esperar dos dividendos, segundo analistas
O consenso de mercado indica US$10,8 bilhões de Ebitda referentes ao quarto trimestre de 2024 e analistas esperam dividendos bilionários a serem pagos pela petroleira junto com o balanço financeiro.
O BTG calcula um payout de US$3,3 bilhões, ou um rendimento de dividendos (DY, na sigla em inglês) de 3,8%. Assim, o pagamento de proventos referente ao ano de 2024 deve somar US$14,2 bilhões, ante um guidance original de US$18,5 bilhões, que foi ajustado para entre US$13,5-14,5 bilhões.
Já o Goldman Sachs (NYSE:GS) projeta um Ebitda ajustado de US$10,4 bilhões, o que deve levar a dividendos ordinários de US$2,4 bilhões junto com comunicado. “Embora acreditemos que a distribuição de dividendos extraordinários juntamente com os resultados do 4T24 possa ser uma possibilidade, dada a confortável posição de caixa da PBR, vemos agora espaço para dividendos extras muito menores do que em anos anteriores, uma vez que os dividendos ordinários já devem cobrir a maior parte do FCF que estimamos para este ano”, aponta o banco.
O Goldman segue com compra na ação, com preço-alvo de US$15,80 para PBR e R$41,30 para PETR4, e espera um dividend yield de 13% em 2025, sendo 11% de dividendos ordinários e possíveis 2% de dividendos extraordinários.
A XP Investimentos (BVMF:XPBR31) estima dividendos ordinários de cerca de US$ 3 bilhões, ou um dividend yield de 3,4% no trimestre. “Do ponto de vista do fluxo de caixa, prevemos um fluxo de caixa livre de cerca de US$ 4,4 bilhões, o que se traduz em um yield trimestral de cerca de 5%”, calcula a XP.
Enquanto isso, a Genial projeta a distribuição de R$1,1 por ação em dividendos regulares, com um yield de 3% no trimestre.
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