SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) registrou recordes em sua produção anual de petróleo e na produção total de 2020, que considera tanto óleo quanto gás natural, informou a empresa em comunicado nesta quinta-feira.
Segundo a estatal, no ano passado foram produzidos, respectivamente, 2,28 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo e 2,84 milhões de barris de óleo equivalente por dia (bpd), superando o recorde anterior, de 2015.
A Petrobras acrescentou que a produção no pré-sal totalizou 1,86 milhão de boed em 2020, sendo responsável por 66% do bombeamento total da empresa.
Os volumes da produção anual de óleo e de fabricação total dos produtos coincidem com o centro das metas de bombeamento da Petrobras, revisadas em outubro de 2020, e superam em 5% os objetivos originalmente previstos para o ano, afirmou a petroleira.
"Os atuais recordes de produção estão suportados em uma carteira de ativos com maior valor", disse.
Segundo a Petrobras, o volume de produção superior ao originalmente planejado se deu em função de um bombeamento acima da capacidade nominal de processamento no campo de Búzios, diante de maior disponibilidade temporária de geração de energia e compressão de gás, e de um número menor de intervenções para combate à corrosão por dióxido de carbono em dutos submarinos.
A companhia também citou um declínio menor do que o previsto nos campos de Tupi e Sapinhoá, com melhor desempenho nos reservatórios, e maior eficiência de produção e otimização de paradas nas plataformas.
Isso ocorreu, disse a Petrobras, apesar dos cenários de restrições operacionais causados pela pandemia de Covid-19.
"Os recordes demonstram o bom desempenho operacional mesmo no cenário desafiador de 2020, com maior foco em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas", acrescentou a estatal.
No ano passado, apoiado por uma firme demanda externa e o dólar favorável para exportação, o Brasil registrou recorde no volume de petróleo enviado ao exterior, com 70,6 milhões de toneladas, alta de 18,5% na comparação com 2019.
(Por Gabriel Araujo)