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Petrobras, Suzano, JBS, Sabesp, B3, Localiza e mais divulgam balanços nesta quinta

Publicado 14.05.2020, 16:01
© Reuters.
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Por Gabriel Codas

Investing.com - A quinta-feira, depois do fechamento do mercado, será recheada de divulgação de importantes balanços do primeiro trimestre do ano, tendo como destaque principal os números da Petrobras (SA:PETR4). Além disso, outros nomes de peso do Ibovespa também vão anunciar seus números, como Suzano (SA:SUZB3), CSN (SA:CSNA3), JBS (SA:JBSS3), Sabesp (SA:SBSP3), B3 (SA:B3SA3), Localiza (SA:RENT3), Taesa (SA:TAEE11), Vivara (SA:VIVA3), Copel (SA:CPLE6), Cyrela (SA:CYRE3) e EzTec (SA:EZTC3).

De forma geral, os números devem sofrer impactos limitados com o início da restrição de circulação e distanciamento social devido à pandemia do coronavírus, que começaram na segunda quinzena de março, logo no fim do trimestre. Outras empresas devem ter seus números afetados pela valorização do dólar, sendo negativo para as companhias que possuem dívidas na moeda americana.

Confira abaixo as expectativas:

Petrobras

O consenso de mercado é que a companhia estatal registre lucro líquido por ação de R$ 0,28, depois de registrar, no mesmo período do ano passado, um total de R$ 0,31, quando eram esperados R$ 0,34. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,79, momento que a expectativa era de R$ 0,77

Em relação às receitas, a mediana do mercado estima um total de R$ 79,5 bilhões, diante dos R$ 80 bilhões de um ano atrás e dos R$ 81,77 bilhões apurados entre os meses de outubro e dezembro de 2019, acima dos R$ 81,02 bilhões esperados.

O BTG Pactual (SA:BPAC11) tem recomendação de compra para o ativo e espera que o lucro líquido seja de R$ 3,394 bilhões e as receitas de R$ 77,249 bilhões. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 29,501 bilhões e margem de 38%.

Suzano

O consenso de mercado é que a maior produtora de papel e celulose do mundo registre prejuízo líquido por ação de R$ 5,36, depois de registrar, no mesmo período do ano passado, perdas totais de R$ 0,92. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,68, quando eram esperados R$ 1,07.

Em relação às receitas, a mediana do mercado estima um total de R$ 6,1 bilhões, diante dos R$ 5,7 bilhões de um ano atrás e dos R$ 6,54 bilhões apurados entre os meses de outubro e dezembro de 2019, acima dos 6,33 bilhões esperados.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para o ativo e espera que o prejuízo líquido seja de R$ 13,180 bilhões e as receitas de R$ 5,915 bilhões. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 2,507 bilhões e margem de 42%.

A XP Investimentos espera volumes relativamente bons (-3,5% QoQ) com continuidade da normalização de estoques e preços estáveis, seguindo preços na China (celulose de fibra curta ~US$460/t). No segmento de papel, a expectativa é por preços relativamente estáveis e volumes mais baixos.

Os analistas destacam que um dólar mais alto no trimestre deve impactar negativamente o lucro líquido e a alavancagem da empresa, podendo atingir 5,6x Dívida Líquida / EBITDA (com Fibria (SA:FIBR3)). A recomendação segue de Compra (preço-alvo de R$43/ação).

CSN

A mediana dos analistas de mercado aponta que a siderúrgica deve encerrar o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 2,09 para cada ação, contra os ganhos de R$ 0,03 registrados no mesmo período do ano anterior. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,03, ante aposta de R$ 0,07.

No caso das receitas, o consenso dos analistas aponta para R$ 5,67 bilhões, abaixo dos R$ 6,01 bilhões registrados um ano antes. Já no último trimestre de 2019, o total foi de R$ 6,52 bilhões, superandos los R$ 6,08 bilhões esperados.

O BTG Pactual tem recomendação neutra para o ativo e espera que o lucro prejuízo seja de R$ 3,219 bilhões e as receitas de R$ 5,420 bilhões. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 1,332 bilhão e margem de 25%.

Na visão da XP Investimentos, os números devem ser relativamente baixos em relação ao 4T19, com os resultados da siderurgia sendo totalmente impactados pelo Covid-19 somente no 2T20. O destaque do trimestre é o menor volume de vendas de minério de ferro (-30% T/T) causado por fortes chuvas no sudeste do Brasil.

Como resultado, a equipe estima o EBITDA do segmento R$ 807 milhões. Além disso, a alavancagem é um grande risco para a empresa no curto prazo, devido à sua dívida em dólares. Os analistas esperam que a relação Dívida Líquida / EBITDA feche o 1T20 em 4,0x.

Eles mantêm a recomendação de compra (preço-alvo de R$ 12/ação), com expectativa de níveis saudáveis para os preços do minério de ferro: estímulo chinês após reabertura da economia e redução do guidance de produção da Vale (SA:VALE3) para 2020.

Sabesp

A mediana dos analistas de mercado aponta que a estatal paulista de saneamento deve encerrar o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 0,32 para cada ação, contra os R$ 0,66 registrados no mesmo período do ano anterior. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 1,95, ante aposta de R$ 1,00.

No caso das receitas, o consenso dos analistas aponta para R$ 4,01 bilhões, acima dos R$ 3,58 bilhões registrados um ano antes, quando eram erados R$ 3,98 bilhões. Já no último trimestre de 2019, o total foi de R$ 3,74 bilhões, superados pelos R$ 3,89 bilhões esperados.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para o ativo e espera que o lucro líquido seja de R$ 757 milhões e as receitas de R$ 3,625 bilhões. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 1,7 bilhão e margem de 47%.

Para a XP Investimentos, apesar de estimar fortes resultados operacionais para a Sabesp devido a um maior consumo de água, esperam que a empresa reporte um prejuízo no 1T20 devido aos impactos da desvalorização do real de -30% sobre financiamentos em moeda estrangeira (R$6,36 bilhões de um total de R$13,2 bilhões).

Localiza

A mediana dos analistas de mercado aponta que a gestora de frotas e locadora de veículos  deve encerrar o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 0,34 para cada ação, contra os R$ 0,30 registrados no mesmo período do ano anterior. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,32, ante aposta de R$ 0,34.

No caso das receitas, o consenso dos analistas aponta para R$ 2,94 bilhões, acima dos R$ 2,45 bilhões registrados um ano antes. Já no último trimestre de 2019, o total foi de R$ 2,7 bilhões, abaixo dos R$ 2,81 bilhões esperados.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para o ativo e espera que o lucro líquido seja de R$ 229 milhões e as receitas de R$ 2,617 bilhões. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 617 milhões e margem de 24%.

Em geral, a XP Investimentos espera um trimestre positivo nas operações de aluguel, com crescimento sequencial e impacto limitado do surto de Covid-19. Estima ainda o crescimento de ~28% a/a nos volumes de RAC e de ~20% a/a nos volumes de Aluguel de Frotas. Já em Seminovos, devido ao fechamento das lojas durante parte da segunda quinzena de março, a equipe espera por volumes modestos. A estimativa é de crescimento de volume de 3% a/a, apesar do forte crescimento da frota (~30% a/a).

B3

O consenso de mercado é que a operadora da bolsa paulista registre lucro líquido por ação de R$ 0,50, depois de registrar, no mesmo período do ano passado, um total de R$ 0,36. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,43, quando eram esperados R$ 0,42

Em relação às receitas, a mediana do mercado estima um total de R$ 1,73 bilhão, diante dos R$ 1,38 bilhão de um ano atrás e dos R$ 1,55 bilhão apurados entre os meses de outubro e dezembro de 2019, acima dos R$ 1,53 bilhão esperados.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para o ativo e espera que o lucro líquido seja de R$ 1,173 bilhão e as receitas de R$ 1,745 bilhão. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 1,358 bilhão e margem de 78%.

JBS

A mediana dos analistas de mercado aponta que o frigorífico deve encerrar o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 0,48 para cada ação, contra os R$ 0,41 registrados no mesmo período do ano anterior. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,91, ante aposta de R$ 0,70.

No caso das receitas, o consenso dos analistas aponta para R$ 56,95 bilhões, acima dos R$ 44,37 bilhões registrados um ano antes. Já no último trimestre de 2019, o total foi de R$ 57,13 bilhões, superando os R$ 53,32 bilhões esperados.

XP Investimentos espera resultados robustos para a JBS neste trimestre, seguindo o cenário bastante positivo para a Seara, com exportações fortes, sobretudo para a China, beneficiadas pelo dólar mais alto, além de um mercado doméstico saudável, com volumes elevados a partir do início da quarentena; o cenário robusto nos Estados Unidos, com um pouco mais de instabilidade por conta dos fechamentos de plantas diante da crise do coronavírus, além dos impactos no canal de restaurantes e bares, sobretudo para a Pilgrim’s Pride, e da volta da planta da Tyson, que teria afetado a JBS USA Beef.

Tais fatores devem se traduzir, na visão dos analistas, em um EBITDA de R$ 3,8 bilhão no 1T20, com uma margem de 6,7%, representando um aumento de 30% em relação ao EBITDA do 1T19, e um leve queda na margem.

Taesa

O consenso de mercado é que a companhia elétrica registre lucro líquido por ação de R$ 0,65, depois de registrar, no mesmo período do ano passado, um total de R$ 0,60. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,66, quando eram esperados R$ 0,67

Em relação às receitas, a mediana do mercado estima um total de R$ 358,08 milhões, diante dos R$ 362,6 milhões de um ano atrás e dos R$ 336 milhões apurados entre os meses de outubro e dezembro de 2019, menos do que os R$ 354,07 milhões esperados.

O BTG Pactual tem recomendação neutra para o ativo e espera que o lucro líquido seja de R$ 305 milhões e as receitas de R$ 369 milhões. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 314 milhões e margem de 85%.

A XP Investimentos não enxerga grandes surpresas nos resultados da TAESA, tendo em vista que o segmento de transmissão é pautado em receitas fixas corrigidas pela inflação.

Vivara

A mediana dos analistas de mercado aponta que a rede de joalherias deve encerrar o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 0,21 para cada ação, contra os R$ 0,45 registrados nos três meses que fecharam 2019, ante aposta de R$ 0,38.

Para a XP Investimentos, é esperado um resultado fraco, com queda de vendas de -5,9% A/A no conceito mesmas lojas, decorrente dos efeitos causados pela crise desencadeada pelo coronavírus. Apesar da sólida expansão de margem bruta no trimestre, (2,6p.p A/A), mesmo com a alta significativa do preço do ouro, a corretora espera uma pressão de margem EBITDA de 4,1bp A/A, em função da queda de vendas.

Copel

O consenso de mercado é que a companhia estatal paranaense registre lucro líquido por ação de R$ 1,53, depois de registrar, no mesmo período do ano passado, um total de R$ 1,82. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 2,09, quando eram esperados R$ 1,57.

Em relação às receitas, a mediana do mercado estima um total de R$ 4,01 bilhões, diante dos R$ 3,9 bilhões de um ano atrás e dos R$ 3,88 bilhões apurados entre os meses de outubro e dezembro de 2019, acima dos R$ 3,768 bilhões esperados.

O BTG Pactual tem recomendação neutra para o ativo e espera que o lucro líquido seja de R$ 744 milhões e as receitas de R$ 4,255 bilhões. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 1,201 bilhão e margem de 28%.

A XP Investimentos espera que resultados da Copel no 1T20 devem refletir uma deterioração inicial dos volumes na divisão de distribuição de energia como consequência da pandemia do COVID-19 e as subsequentes quarentenas.

Cyrela

A mediana dos analistas de mercado aponta que construtora e incorporadora deve encerrar o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 0,25 para cada ação, contra os R$ 0,06 registrados no mesmo período do ano anterior. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,39, ante aposta de R$ 0,25

No caso das receitas, o consenso dos analistas aponta para R$ 1,06 bilhão, acima dos R$ 826 milhões registrados um ano antes, quando eram esperados R$ 797,5 milhões. Já no último trimestre de 2019, o total foi de R$ 1,18 bilhão, superando os R$ 1,1 bilhão esperados.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para o ativo e espera que o lucro líquido seja de R$ 127 milhões e as receitas de R$ 1,004 bilhão. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 182 milhões e margem de 18%.

A XP Investimentos acredita que, apesar dos números operacionais positivos reportados no primeiro trimestre, terá uma queda significativa nos resultados da Cyrela no período versus o trimestre anterior devido a maior proporção de projetos não consolidados em seu balanço (projetos lançados através de parceiros/JVs). Adicionalmente, os analistas estimam uma queda na geração de caixa operacional (ex-dividendos), impactada principalmente pelos gargalos nos repasses de unidades do programa Minha Casa Minha Vida no 1T20 e que deve levar a Cyrela a reportar geração próxima de zero no período.

EzTec

O consenso de mercado é que a construtora e incorporadora registre lucro líquido por ação de R$ 0,38, depois de registrar, no mesmo período do ano passado, um total de R$ 0,09. Já nos três meses que fecharam 2019, o total foi de R$ 0,40 quando eram esperados R$ 0,29.

Em relação às receitas, a mediana do mercado estima um total de R$ 328,36 milhões, diante dos R$ 146 milhões de um ano atrás e dos R$ 312,2 milhões apurados entre os meses de outubro e dezembro de 2019, acima dos R$ 285,93 milhões esperados.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para o ativo e espera que o lucro líquido seja de R$ 108 milhões e as receitas de R$ 314 milhões. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 91 milhões e margem de 29%.

A XP Investimentos espera uma queda nos resultados da EZTec para o 1T20 em relação ao trimestre anterior principalmente devido a uma menor contribuição das vendas de lançamentos grandes projetos (como o Parque da Cidade no 4T19). Isso deve levar a companhia a reportar um reconhecimento menor de receita no primeiro trimestre, porém sem impacto na sua margem bruta do período.

Os analistas estimamos uma geração de caixa no trimestre próxima de zero, pressionada pincipalmente pela aquisição de novos terrenos durante o primeiro trimestre. Apesar da pressão momentânea na geração de caixa, eles ressaltam que a companhia possui mais de R$ 1 bilhão de caixa líquido (mais caixa do que dívidas), o que lhe garante uma liquidez confortável para atravessar a crise advinda do COVID-19 nos próximos meses.

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