Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte final da manhã desta quarta-feira na bolsa paulistas, as ações da Petrobras operam mais uma vez com forte queda, em novo dia de desempenho negativo para os mercados e com uma nova desvalorização nos preços do petróleo.
Assim por volta das 12h17, os papéis preferenciais (SA:PETR4) tinham perdas de 5,58% a R$ 16,58, enquanto os preferenciais operavam em baixa de 5,66% a R$ 17,32. O desempenho ruim das ações da estatal petrolífera contribui para forte queda do Ibovespa no dia, que também é influenciado pelo clima de aversão a risco no exterior por causa da falta de detalhes sobre o pacote de estímulos do governo dos EUA para combater efeitos negativos do surto de coronavírus na economia. O principal índice acionário brasileiro despencava 4,9% a 87.687 pontos.
Os preços do petróleo seguem em queda, devolvendo ganhos iniciais, pressionados por planos da Arábia Saudita para ampliar a capacidade de produção pela primeira vez em mais de uma década e pela demanda enfraquecida devido ao coronavírus.
O petróleo Brent recuava US$ 0,76, ou 2,04%, a US$ 36,50 por barril, às 11:45 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía US$ 0,70, ou 2,04%, a US$ 33,65.
Depois do colapso de cortes coordenados de oferta por Arábia Saudita, Rússia e outros, o governo saudita determinou à petroleira Saudi Aramco (SE:2222) que amplie sua capacidade de produção para 13 milhões de barris por dia, ante 12 milhões de bpd atuais.
“A estratégia de ‘choque e terror’ saudita sugere a nós que, para levar a Rússia de volta à mesa de negociações, ela fala sério sobre causar severas dores a todos produtores de petróleo em termos de preço e receitas”, escreveram analistas do UBS em nota.
“Estoques mais elevados do petróleo deverão provavelmente pesar sobre os preços nos próximos meses.”
O ministro de Energia russo, Alexander Novak, disse que os planos sauditas de elevar a produção “provavelmente não são a melhor opção”, acrescentando que o governo da Rússia fez diversas ligações a países da Opep e outros, mas que nenhum parceiro aceitou sua proposta.
A Rússia defendeu que os cortes de oferta de petróleo de um acordo anterior da Opep+ fossem mantidos inalterados.