Petróleo cai 8% com retaliação da China às tarifas dos EUA

Publicado 04.04.2025, 10:06
Atualizado 04.04.2025, 10:10
© Reuters. Trabalhador em campo de petróleo no Cazaquistão

Por Paul Carsten e Arunima Kumar

LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo chegaram a despencar 8% nesta sexta-feira, caminhando para o menor fechamento desde meados da pandemia de coronavírus em 2021, com a China revidando na escalada da guerra comercial global com os EUA após uma série de taxas impostas pelo presidente Donald Trump nesta semana.

A China anunciou que irá impor tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos dos EUA a partir de 10 de abril. Países de todo o mundo preparam retaliação depois que Trump elevou barreiras tarifárias ao nível mais alto em mais de um século, levando a uma queda nos mercados financeiros mundiais.

Os contratos futuros do Brent caíam US$4,75, ou 6,77%, para US$65,39 por barril perto das 9h40 (horário de Brasília). Os futuros do petróleo bruto dos EUA (WTI) perdiam US$4,91, ou 7,33%, para US$62,04.

Ambas as referências estavam a caminho de suas maiores perdas semanais em termos percentuais em mais de dois anos.

"A resposta agressiva da China em relação às tarifas dos EUA praticamente confirma que estamos caminhando para uma guerra comercial global; uma guerra que não tem vencedores e que prejudicará o crescimento econômico e a demanda por commodities importantes, como petróleo bruto e produtos refinados", disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank.

Também impulsionou o "sell-off" do petróleo a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de seus aliados, conhecidos coletivamente como Opep+, de adiantar os planos de aumento da produção, com o grupo agora visando retornar 411.000 barris por dia (bpd) ao mercado em maio, acima dos 135.000 bpd planejados anteriormente.

As importações de petróleo, gás e produtos refinados receberam isenções das novas e abrangentes tarifas impostas por Trump. Mas essas medidas podem estimular a inflação, desacelerar o crescimento econômico e intensificar as disputas comerciais, pesando sobre os preços do petróleo.

Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) fizeram cortes acentuados em suas previsões de dezembro de 2025 para os preços do Brent e WTI, com reduções de US$5 cada, para US$66 e US$62, respectivamente.

(Reportagem de Paul Cartsen; Reportagem adicional de Sudarshan Varadhan, Arunima Kumar e Ahmad Ghaddar)

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