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PARIS (Reuters) - A plataforma de mídia social X, de Elon Musk, acusou na segunda-feira os promotores franceses de iniciarem uma "investigação criminal politicamente motivada" que ameaça a liberdade de expressão de seus usuários, negando todas as alegações e dizendo que não vai cooperar com a investigação.
Neste mês, os promotores de Paris intensificaram uma investigação preliminar sobre o X por suspeita de viés algorítmico e extração fraudulenta de dados, recrutando a polícia para investigar supostas irregularidades cometidas pela empresa ou por seus executivos.
"Com base no que sabemos até agora, o X acredita que essa investigação distorce a lei francesa para atender a uma agenda política e, em última análise, restringir a liberdade de expressão", publicou a rede social em sua conta de Assuntos Governamentais Globais.
"Por essas razões, o X não aderiu às exigências das autoridades francesas, como temos o direito legal de fazer."
No ataque contundente, o X também disse que a investigação havia sido instigada por Eric Bothorel, um parlamentar francês que acusou o "X de manipular seu algoritmo para fins de ’interferência estrangeira’, uma alegação que é completamente falsa".
O escritório da promotoria de Paris não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Nem Bothorel.
Musk, um antigo aliado do presidente dos EUA, Donald Trump, tem acusado os governos europeus de atacar a liberdade de expressão e manifestou apoio a alguns dos partidos de extrema-direita da região.
A investigação francesa pode aprofundar uma divisão entre Washington e as capitais europeias sobre que tipo de discurso é permitido online. Autoridades de alto escalão do governo Trump alegam censura de vozes de direita em todo o mundo.
(Reportagem de Gursimran Kaur em Bengaluru e Dominique Vidalon em Paris)