NOVA YORK (Reuters) - Os futuros do cacau fecharam em forte queda na ICE nesta sexta-feira, com o mercado digerindo os dados de moagem do terceiro trimestre, enquanto o café robusta registrou nova perda semanal, a terceira consecutiva.
CACAU
* O março do cacau em Londres caiu 199 libras, ou 3,8%, para 5.021 libras por tonelada, afastando-se ainda mais da máxima de um mês registrada na quarta-feira de 5.481 libras.
* Operadores disseram que dados de moagem do terceiro trimestre esta semana apresentaram um quadro misto, com declínio anual na Europa, mas aumentos na Ásia e na América do Norte.
* Eles também observaram que a moagem de cacau na Costa do Marfim, o maior produtor, também estava caindo.
* O dezembro do cacau em Nova York caiu 4,1%, para 7.450 dólares a tonelada.
AÇÚCAR
* O março do açúcar bruto fechou pouco alterado, em 22,18 centavos de dólar por libra-peso, mas ainda acima da mínima em quatro semanas marcada na sessão anterior, de 21,71 centavos. O contrato caiu 0,3% na semana.
* "O mercado parece estar removendo parte do prêmio de risco acumulado devido à preocupação com a safra de 2025/26 (Brasil), à medida que a seca se prolongou. Atualmente, recebemos chuvas adequadas no último fim de semana, e os meteorologistas estão prevendo mais chuvas para as próximas duas semanas", afirmou relatório da McDougall Global View.
* O dezembro do açúcar branco subiu 0,2%, a 566,60 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O dezembro do café arábica fechou em alta de 2,15 centavos de dólar, ou 0,8%, a 2,573 dólares por libra-peso, com os operadores ainda avaliando até que ponto as chuvas recentes podem ter melhorado as perspectivas para a safra de 2025 no Brasil. O contrato subiu 2% na semana.
* As chuvas podem ter chegado tarde demais para o café brasileiro, disseram agricultores e agrônomos, que esperam uma safra de 2025 abaixo do potencial.
* O novembro do café robusta subiu 0,4%, a 4.702 dólares por tonelada, mas o contrato registrou uma perda semanal de 3%, totalizando uma queda de 16% nas últimas três semanas.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)