Apesar de pressão nas margens, esta ação da B3 escolhida por IA bate o CDI em 2025
Por Jody Godoy
(Reuters) - O Google seria desencorajado a investir em tecnologia de mecanismos de busca caso a proposta de autoridades antitruste, que obriga a empresa a compartilhar dados com rivais, tenham sucesso, afirmou o presidente-executivo da companhia, Sundar Pichai, nesta quarta-feira durante julgamento em Washington.
Pichai está depondo em defesa do Google, unidade da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), contra propostas do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) que incluem, entre outras medidas, a venda do navegador Chrome como forma de aumentar a concorrência entre provedores de busca online.
As exigências de que a empresa compartilhe seu índice de busca e dados de consultas são "extraordinárias" e equivalem a uma "alienação de facto de nossa propriedade intelectual relacionada à busca", afirmou Pichai.
"Seria trivial fazer engenharia reversa e efetivamente construir a pesquisa do Google por fora", disse.
Isso tornaria "inviável continuar investindo em P&D como temos feito nas últimas duas décadas", acrescentou.
O desfecho do caso pode remodelar fundamentalmente a internet, potencialmente desbancando o Google como o principal portal de acesso à informação online.
O DOJ, junto a uma ampla coalizão de procuradores-gerais estaduais, tem pressionado por medidas que restaurariam a concorrência, mesmo com a evolução das buscas se sobrepondo a produtos de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT. Os promotores temem que o domínio do Google nas buscas se estenda também à IA.
O juiz distrital Amit Mehta decidiu no ano passado que o Google "não tem concorrente real". A companhia manteve seu monopólio, em parte, pagando bilhões de dólares a empresas como Apple (NASDAQ:AAPL), Samsung (KS:005930), AT&T (NYSE:T) e Verizon (NYSE:VZ) para ser o mecanismo de busca padrão em novos dispositivos móveis, segundo o juiz.
O DOJ quer que o juiz ponha um fim a esses pagamentos e obrigue o Google a compartilhar dados de busca com concorrentes.
O Google argumenta que tais propostas dariam vazão ao seu trabalho árduo, colocariam em risco a privacidade dos usuários e ameaçariam empresas menores, como a Mozilla, desenvolvedora do navegador Firefox, que dependem do Google para obter receita.
(Reportagem de Jody Godoy em Nova York)