Presidente-executivo do JPMorgan prevê recessão por tarifas e pede negociações comerciais rápidas

Publicado 09.04.2025, 11:59
Atualizado 09.04.2025, 12:01
© Reuters. Presidente-executivo do JPMorgan, Jamie Dimon, durante conferência em Paris, na Françan13/05/2024nLUDOVIC MARIN/Pool via REUTERS

Por Nupur Anand e Suzanne McGee

NOVA YORK (Reuters) - O presidente-executivo do JPMorgan (NYSE:JPM) Chase, Jamie Dimon, disse nesta quarta-feira que as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provavelmente levarão a uma recessão e à inadimplência de tomadores de empréstimos.

"Enquanto as taxas estiverem subindo... a inflação estiver rígida e os spreads de crédito estiverem aumentando, o que vai acontecer, acho que teremos mais problemas de crédito", disse Dimon em entrevista à Fox Business.

Ele pediu um rápido progresso nas negociações comerciais com os parceiros dos EUA a fim de acalmar os mercados, que têm sido abalados pelos anúncios de tarifas.

"Espero que o que eles realmente façam seja... que essas coisas sejam feitas rapidamente", disse Dimon, referindo-se às negociações comerciais entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e outros países. "Se eles querem acalmar os mercados, mostrem progresso nessas questões."

Dimon é uma das vozes mais proeminentes do setor corporativo dos EUA e tem sido consultado regularmente por diferentes governos em tempos de crise. Seu nome foi cogitado para cargos importantes durante a campanha presidencial de 2024, incluindo o de secretário do Tesouro, mas ele permaneceu no banco.

"Estou tendo uma visão calma, mas acho que pode piorar se não fizermos algum progresso aqui", disse Dimon.

Economistas do JPMorgan aumentaram o risco de uma recessão global e nos EUA neste ano para 60%, de 40% anteriormente, depois que Trump revelou as barreiras comerciais.

Mesmo antes do último anúncio de tarifas feito por Trump, as novas tarifas e as preocupações com o comércio contribuíram para uma queda de 13% nas fusões e aquisições nos EUA no primeiro trimestre, segundo dados da Dealogic compilados para a Reuters.

Em alguns casos, os clientes no exterior têm evitado o credor dos EUA em favor de bancos mais próximos de seus países.

"Já perdemos alguns negócios de títulos", disse Dimon. "Eles simplesmente disseram que preferiam fazer isso com um banco local do que com um banco dos EUA."

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