Investing.com - O governo do Rio Grande do Sul prevê avançar nos próximos meses com a autorização para privatizar as estatais CEEE, Sulgás e a CRM e concluir a venda até meados de 2020. A previsão é do governador do Estado, Eduardo Leite, que conversou com jornalistas após evento com empresários em São Paulo.
O legislativo deverá aprovar até abril o fim da exigência de plebiscito para a venda de estatais, abrindo, assim, caminho para cumprimento da promessa de campanha do tucano de venda integral das companhias. O governador se diz confiante no processo. “Ontem, aprovamos por 38 a 12 emenda constitucional com o fim da licença prêmio e o tempo ficto para servidores. Isso demonstra a compreensão da necessidade de reformas e uma base coesa”, avalia.
A privatização deverá ser auxiliada pelo corpo técnico do BNDES e ainda precisará ser aprovada diretamente pela Assembleia Legislativa. Em discussão, está a indecisão sobre a cisão para a venda separadamente das áreas de geração e transmissão da distribuidora.
Os ativos deverão gerar entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões aos cofres do Estado em uma avaliação preliminar do governador. “Esse número ainda precisa ser refinado”, contou.
Banrisul (SA:BRSR6) não é prioridade
O banco estatal não deverá ser vendido ao capital privado nos próximos quatro anos, de acordo com o tucano. “O Banrisul não é prioridade, pois não é deficitário. Ele não é um problema para o estado e vai se manter público”, confirmou. A discussão sobre uma possível venda do controle do banco não deverá ser debatida no governo de Eduardo Leite, que, segundo ele, ficará focado nos problemas estruturais e empresas deficitárias.