Investing.com - A queda da taxa de juros tem levado os investidores a procurarem novas formas de trazer rendimento a seus recursos e um dos alvos desses valores tem sido os fundos imobiliários. Um exemplo claro disso foi o sucesso da estreia do FII Luggo, que somente em dois dias acumula valorização de 30%,
O fundo é composto por imóveis residenciais construídos pela MRV (SA:MRVE3) e administrados pela sua subsidiária Luggo. O grande interesse do mercado se deve ao fato de ser o primeiro fundo composto por prédios residenciais para locação.
A edição desta sexta-feira da Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo, destaca que o número de investidores em novembro já beirava os 600 mil, um crescimento mensal na casa de 10%. No entanto, o que tem chamado a atenção dos analistas é o fato que o valor de mercados dos FIIs, negociados na B3, está superando o valor do patrimônio líquido dos fundos. Somente em novembro, o valor de mercado de todos os fundos juntos era de R$ 89,1 bilhões e o patrimônio deles de R$ 80,6 bilhões.
A publicação explica que o descolamento entre o valor da cota do fundo e o valor do patrimônio pode estar ligado ao fato de que o valor do imóvel demorar mais para acompanhar a expectativa de melhora da economia e no caso do fundo imobiliário, o patrimônio reflete a avaliação do valor do imóvel.
A questão principal, aponta o jornal, é que essa diferença está motivando gestoras a fazer novas emissões de seus fundos, por meio de follow-nos. O problema é que, nos casos de ofertas em fundos que já tem o valor de mercado maior do que o patrimônio, a cota é vendida na oferta ao valor do patrimônio.
Somente no ano passado, foram realizadas 60 ofertas de fundos imobiliários, entre novos e fundos já listados. A própria MRV (SA:MRVE3) já informou que neste ano espera fazer o primeiro follow-on do FII Luggo.