Produção de minério de ferro da Vale cresce 3,7% e mina S11D bate recorde para um 2º tri

Publicado 22.07.2025, 18:54
Atualizado 22.07.2025, 21:00
© Reuters. Logo da Vale

Por Marta Nogueira e Andre Romani

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produção de minério de ferro da Vale (BVMF:VALE3) cresceu 3,7% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, com um "forte" desempenho da planta de Brucutu, em Minas Gerais, e um novo recorde para o período na mina S11D, no Pará, informou a empresa nesta terça-feira.

Uma das principais produtoras de minério de ferro do mundo, a Vale produziu 83,6 milhões de toneladas da commodity entre abril e junho.

Em S11D, a Vale produziu 20,9 milhões de toneladas, alta de 7,3% na comparação com mesmo período de 2024, com impulso de uma melhoria contínua do desempenho operacional, juntamente com um aumento na produção em Serra Norte, disse a empresa.

Em Brucutu, houve o comissionamento da quarta linha de processamento, resultando na maior produção do site desde o terceiro trimestre de 2019.

"No minério de ferro, a combinação de novos ativos em ramp-up e a maior confiabilidade operacional está suportando a maior aderência ao plano de produção de 2025", afirmou o relatório.

A Vale espera produzir entre 325 milhões e 335 milhões de toneladas de minério de ferro em 2025, reafirmou a empresa.

As vendas de minério de ferro da mineradora, por sua vez, caíram 3,1% na mesma comparação, para 77,3 milhões de toneladas, "como parte da estratégia de otimização do portfólio de produtos, com a concentração de minérios na China implicando em prazos de entrega mais longos e a recomposição de estoques após as restrições de produção e embarque no primeiro trimestre", segundo a empresa.

O preço médio realizado dos finos de minério de ferro da Vale foi de US$85,1 por tonelada entre abril e junho, queda de 13,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A produção de pelotas da Vale no segundo trimestre totalizou 7,85 milhões de toneladas, queda de 11,7% versus igual período do ano anterior, em linha com a revisão do guidance de produção para 2025 feita no início do mês, segundo a Vale.

Neste contexto, a Vale decidiu antecipar a manutenção preventiva na usina de pelotização de São Luís durante o terceiro trimestre, suspendendo a produção durante este período. O pellet feed, que seria utilizado como insumo para as plantas de pelotização, será redirecionado para a venda de finos de minério de ferro, otimizando a geração de valor no portfólio de produtos, reiterou a empresa.

As vendas de pelotas caíram 15,6% no segundo trimestre versus o mesmo período do ano passado, para 7,5 milhões de toneladas.

METAIS BÁSICOS

Do lado dos metais básicos, a mineradora produziu o maior volume de níquel para um segundo trimestre desde 2021, de 40,3 mil toneladas, alta de 44,4% na base anual, com avanço de 20,7% nas vendas, para 41,4 mil toneladas.

O avanço da produção de níquel refletiu principalmente o melhor desempenho dos ativos no Canadá e em Onça Puma, além de menores atividades de manutenção planejada, e com benefício adicional do ramp-up da mina Voisey’s Bay (VBME).

Já a produção de cobre totalizou 92,6 mil toneladas, alta de 17,8% ante um ano antes. As vendas cresceram 17% na mesma comparação, para 89 mil toneladas. Nesse caso, a Vale contou com maiores teores obtidos em Sossego, juntamente com a capacidade nominal alcançada no Complexo de Salobo e o ramp-up de VBME.

"O resultado representa a maior produção no segundo trimestre desde 2019 e dá continuidade a um padrão de crescimento contínuo da produção ao longo de três anos", disse a empresa.

Analistas do Citi notaram a manutenção do guidance pela Vale e disseram que os resultados do trimestre deixam a empresa bem posicionada.

"Com base nesses resultados de produção, esperamos variações menores que 1% no Ebitda", afirmaram em relatório.

 

(Por Marta Nogueira no Rio de Janeiro e Andre Romani em São Paulo)

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