Raiffeisen enfrenta pressão dos EUA para cortar laços russos

Publicado 04.07.2024, 06:20
© Reuters.

O Raiffeisen Bank International (RBI) da Áustria está sob intenso escrutínio enquanto navega pelas consequências de um acordo fracassado e aumentou a pressão dos Estados Unidos e do Banco Central Europeu (BCE) para reduzir seus compromissos com a Rússia.

Os EUA já haviam alertado o RBI contra um acordo ligado a um oligarca russo, que o banco acabou cancelando em maio, depois que um ultimato severo de Washington ameaçou seu acesso a dólares americanos - um aspecto crucial de suas operações.

O banco, que é o maior credor ocidental da Rússia, planejava adquirir uma participação na construtora austríaca Strabag, um movimento que o Tesouro dos EUA associou a Oleg Deripaska, um empresário russo sob sanções dos EUA. Deripaska negou ter interesse em Strabag, chamando a resposta dos EUA de "bobagem".

Apesar da decisão do RBI de cancelar a transação, os EUA não retiraram sua ameaça de penalizar o banco e continuam monitorando de perto possíveis violações de sanções. O BCE também está exigindo uma ação rápida do RBI, tendo enviado funcionários para uma reunião do conselho de supervisão em junho e exigindo que o banco delineie seus próximos passos.

O RBI afirmou que está reduzindo sua exposição na Rússia, incluindo a diminuição do volume de empréstimos e pagamentos e trabalhando para reduzir os depósitos, que atualmente chegam a 14 bilhões de euros. No entanto, os supervisores europeus do banco estão preocupados com a falta de transparência em relação às operações russas do RBI.

A situação coloca o RBI, uma importante instituição financeira com influência significativa na Áustria e na Europa Oriental, em uma posição precária. O banco já viu os lucros da Rússia aumentarem este ano, em grande parte devido ao aumento das taxas sobre pagamentos internacionais.

No contexto desses desenvolvimentos, os reguladores europeus discutiram planos de contingência para o RBI, incluindo uma possível separação, caso o banco enfrente uma crise existencial desencadeada por penalidades dos EUA. Essas discussões foram suspensas em março de 2023 devido a outras preocupações bancárias globais.

As autoridades austríacas mostraram relutância em pressionar demais o RBI, temendo as repercussões de qualquer discussão pública sobre os possíveis problemas do banco. O RBI afirmou que pretende sair da Rússia, mas não forneceu um cronograma para sua saída.

Essa saga em andamento ilustra a complexa interação entre interesses nacionais, sanções internacionais e estratégias financeiras de bancos com laços russos. Enquanto o RBI trabalha para atender às preocupações das autoridades americanas e europeias, as operações futuras do banco na Rússia permanecem incertas.

A Reuters contribuiu para este artigo.

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